A literatura angolana
A literatura angolana nasceu antes da Independência de Angola em 1975, mas o projecto de uma ficção que conferisse ao homem africano o estatuto de soberania surge por volta de 1950, gerando o movimento Novos Intelectuais de Angola.
A literatura de Angola muitas vezes versa temas como o preconceito, da dor causada pelos castigos corporais, do sofrimento pela morte dos entes queridos, da exclusão social, etc.
A palavra literária desempenhou em Angola um importante papel na superação do estatuto de colónia. Presente nas campanhas libertadoras foi responsável por ecoar o grito de liberdade de uma nação por muito tempo silenciado, mas nunca esquecido.
O angolano vive, por algum tempo, entre duas realidades, a sociedade colonial europeia e a sociedade africana; os seus escritos são, por isso, os resultados dessa tensão existente entre os dois mundos, um com escritos na nascente da realidade dialéctica, o outro com traços de ruptura.
Em 2016 foi criada a Academia Angolana de Letras e o seu estatuto editado no Diário da
República, edição n.º57, de 28 de Março de 2016. É uma associação privada sem fins lucrativos, de carácter cultural e científico e os seus criadores têm os nomes de escritores angolanos como: Henrique Lopes Guerra, António Botelho de Vasconcelos e Boaventura da Silva Cardoso, tendo como patrono o primeiro Presidente da República, o doutor António Agostinho Neto.
A Academia Angolana de Letras tem como objectivo questões como o ensino, estudo e incentivo da língua portuguesa e das línguas nacionais, assim como a relação entre elas.