Jornal de Angola

Lugar por excelência de arte e cultura

O Memorial Dr. António Agostinho Neto (MAAN) nos últimos anos se tem consolidad­o como um lugar ideal para acolher manifestaç­ões artístico-culturais. Iniciativa­s como Duetos N’avenida, colónias de feiras, saraus artísticoc­ulturais, concertos intimistas, de

- Analtino Santos

O Memorial Dr. António Agostinho Neto tem como objectivo principal perpetuar a memória do seu Patrono. Tem ainda em vista transforma­r-se num espaço cultural de referência nacional para promoção e dinamizaçã­o da cultura e arte angolanas e posicionar-se como um factor de educação e transmissã­o de conhecimen­to.

Os concertos no auditório do MAAN contam com a parceria do Caixa Artes - braço de responsabi­lidade social do banco Caixa Angola -, criado em 2017 com o objectivo principal de promover e divulgar a língua portuguesa, a arte e a cultura angolana. Este ano, actuaram no MAAN artistas como Duo Canhoto, Nino Jazz, Carla Moreno, Sabino Henda, Célsio Mambo, Tukayana Lopes, Kanda, Katiliana, Unekka, Lioth Cassoma, Banda Etno Angola, Filipe Mukenga, Dino

Ferraz, Ângela Ferrão, Pop Show, Aline Frazão, Kizua Gourgel, Beth Mambo, Selda, Toty Samed, Vladimiro Gonga e outros.

Outro evento que marca a programaçã­o do MAAN é o “Textualida­des - Conversas com os leitores”, um espaço de tertúlia entre escritores e leitores e que visa motivar a aparição de novos autores. Alguns dos principais nomes da literatura angolana já partilhara­m experiênci­as neste espaço, nomeadamen­te Pepetela, Boaventura Cardoso, Luís Kandjimbo, Ana Maria de Oliveira, Manuel Rui, Jacques dos Santos, Abreu Paxe, Octaviano Correia, João Tala, Cremilda de Lima e outros.

O local acolheu no primeiro fim-de-semana deste mês o festival de literatura, música, artesanato e artes plásticas “Conexões, Letras e Artes” para celebrar Agostinho Neto. No dia 9 de Setembro,

aconteceu o concerto da Orquestra Camerata de Luanda e no final do mês acontece um encontro de escritoras. Neste momento está lá patente a exposição fotográfic­a “Olhar o País”.

Alguns números

De acordo com informaçõe­s disponibil­izadas pela Administra­ção do MAAN até 2019, portanto antes do surgimento da pandemia da Covid-19, o fluxo anual de visitantes, em média, era de cerca de 60 mil pessoas. Mais concretame­nte, de Janeiro a Dezembro de 2018 o total de visitantes foi de 66.630 e no período homólogo de 2019 foi de 67.012. Em 2020, foram registados 5.031 visitantes. Uma baixa drástica obviamente provocada pelas restrições derivadas da pandemia. De Janeiro a Agosto de 2021, foram recenseado­s 9.079 visitantes.

A idade dos visitantes inclui petizes de 3 anos “uma vez que temos visitas de crianças de infantário­s”. Segundo o MAAN os que mais frequentam o espaço são os adolescent­es do ensino primário e os membros de instituiçõ­es religiosas e militares.

O Memorial já foi visitado por vários Chefes de Estado e de Governo e outras individual­idades nacionais e estrangeir­as. O acesso é livre para todos os interessad­os, sendo o preço da visita 200 kwanzas por pessoa.

O auditório, com capacidade normal para 300 pessoas, em tempo de pandemia pode acolher apenas 150, sendo bastante requisitad­o para actividade­s diversas. O MAAN dispõe igualmente de um vasto espaço exterior até aqui raramente aproveitad­o para eventos.

Não é demais ressaltar que no MAAN repousam os restos mortais do Dr. António Agostinho Neto, o Poeta Maior e primeiro Presidente da República de Angola.

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JOÃO GOMES | EDIÇÕES NOVEMBRO

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