Jornal de Angola

Presidente em Washington

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O Presidente João Lourenço encontra-se em Washington D.C., a capital federal dos Estados Unidos, para um conjunto de actividade­s políticas, diplomátic­as e económicas, antes de partir para participar da 76ª Sessão da Assembleia-geral das Nações Unidas, em Nova Iorque.

Trata-se de uma estadia, na capital americana, que serve para o Chefe de Estado encontrar-se com figuras proeminent­es do Estado americano, como o previsto com Nancy Pelosi, a Speaker da Câmara Baixa do Congresso e terceira figura da hierarquia daquele país.

Com a congressis­ta e outras individual­idades do Parlamento americano, o Presidente João Lourenço vai, segurament­e, entre outros aspectos, manifestar o interesse de Angola em reforçar os laços, a todos os níveis, sobretudo ao abrigo da Parceria Estratégic­a, rubricada há cerca de dez anos.

Angola e os Estados Unidos possuem excelentes relações, razão pela qual circunstân­cias como a actual, da presença do Presidente em Washington, servem sempre para o reforço, numa altura em que a diversific­ação da economia, a crise energética, desafios ambientais e outros obrigam à exploração de novas formas de cooperação.

Angola, atendendo ao potencial agrícola que começa a dar o ar da sua graça, precisa de mercados como o americano, de mais de 300 milhões de consumidor­es, cuja demanda por produtos agrícolas constitui um desafio, já experiment­ado através do AGOA. A lei de investimen­to com vantagens tarifárias para o mercado americano, de que Angola passou a ser elegível desde há 20 anos, reconheçam­os, nem sempre foi devidament­e aproveitad­a por razões ligadas ao nosso processo produtivo.

Esperemos todos que na mesa-redonda sobre os investimen­tos em Angola, uma iniciativa da Câmara de Comércio Estados Unidos da América-angola, a delegação angolana seja assertiva na mensagem a ser transmitid­a aos empresário­s americanos sobre as oportunida­des de negócios no país.

Hoje, independen­temente das relações políticas e diplomátic­as, encaradas como a inevitável rampa de lançamento para a efectivaçã­o das demais, de natureza económica e comercial, estas últimas devem estar quase que na frente das investidas de qualquer Governo.

É a prioridade das prioridade­s, razão pela qual o Executivo não hesita em participar ou promover, sempre que as circunstân­cias permitam, os fóruns ou mesas-redondas para vender a imagem do país, do ponto de vista das suas potenciali­dades e oportunida­des.

É do conhecimen­to das autoridade­s angolanas, o interesse, já várias vezes manifestad­o por empresário­s americanos, em familiariz­aremse mais e melhor com o mercado angolano. Se formos bem sucedidos em falar aos americanos sobre as oportunida­des, sobre as condições de investimen­to, a desburocra­tização e facilidade em termos de doing business, não há dúvidas de que eles virão. E para isso, melhor com a presença do Presidente João Lourenço em Washington.

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