População de Cabinda apanhada de surpresa
Em Cabinda, o anúncio da abertura da época balnear foi marcado pelo desconhecimento da maior parte da população, que se mostra, agora, ansiosa em começar a fazer o uso das praias, que estavam interditas, desde Março de 2020, por causa do surgimento de casos positivos da Covid-19, no país.
Durante as rondas efectuadas pela nossa reportagem, constatou-se a ausência de banhistas nas principais praias de Cabinda, como a do Girassol, Mangueseco, Luvassa Sul e Lubendo.
“Sinto-me feliz com o anúncio da abertura das praias, por ser um sítio onde venho para distrair-me de alguns problemas”, disse o jovem André Sambo, 29 anos, comerciante de profissão.
A vendedora de gelados de Múcua, Natália Suzana, 40 anos, disse que não sabia do início da época balnear. “O início dos banhos vai permitir-me aumentar o negócio. Quando fecharam as praias, senti-me fragilizada, porque é um local onde conseguia obter lucros”.
O jovem Afonso Pedro Futi, 18 anos, aluno da 12ª classe, a frequentar o curso de Energia e Estações Eléctricas, no Instituto Politécnico João Paulo II, disse que está satisfeito em saber que o Executivo autorizou o uso das praias, através de um Decreto Presidencial.
Já o jovem Justino Conde Kienzo, 13 anos, aluno da 7 classe, defende a limpeza das praias antes de serem usadas. “O pai falou-me do início da época balnear, mas aconselho o Governo de Cabinda a limpar as praias antes de serem usadas, por estarem sujas”, referiu.
O Serviço de Protecção Civil e Bombeiros está a traçar um conjunto de medidas que visam proteger os banhistas, segundo o seu porta-voz, o terceiro subchefe bombeiro Patrik Capita.
Em Cabinda, a abertura oficial da época balnear aconteceu sábado, na praia do Lubendo. "Temos cinco praias autorizadas, a do Lubendo, Mangui-seco, Cabassango, Fútila e Cacongo”, acrescentou Patrik Capita, aconselhando as pessoas a consultarem os nadadores-salvadores antes de fazerem o mergulho.