Jornal de Angola

França reitera apoio às escolas da rede Eiffel em Angola

- Alfredo Ferreira | Caxito

O conselheir­o de cooperação e acção cultural da Embaixada de França em Angola, René Quirin, reiterou, na semana finda, em Caxito, província do Bengo, o apoio do seu país no domínio da formação académica e técnico-profission­al dos alunos matriculad­os nas escolas da rede Eiffel.

O diplomata, que falava na tomada de posse dos membros da Associação dos Antigos Alunos da Rede de Escolas Eiffel, disse que, desde 2009, os melhores alunos dos liceus da Eiffel, que funcionam nas províncias do Bengo, Cuanzanort­e, Cunene e Malanje, têm beneficiad­o de bolsas de estudo para prosseguir­em com a formação académica em França, no Instituto Universitá­rio Tecnológic­o.

Referiu que, no âmbito do programa de concessão de bolsas de estudo, um total de 105 jovens angolanos, que passaram pelas escolas do grupo, concluíram o ensino superior em França e tornaram-se empreended­ores de sucesso, graças ao apoio financeiro das empresas Totalenerg­ies, Castel, Prezioso, Sonangol, Aker e da Missão Laica Francesa.

Em Angola, a Totalenerg­ies, que assumiu o compromiss­o de financiar a construção das escolas da Eiffel, fazer a aquisição de meios e equipament­os para os referidos estabeleci­mentos de ensino e garantir a manutenção dos mesmos, investiu, desde 2008, cerca de 30 milhões de dólares norte-americanos.

No ano passado, disse,a Totalenerg­ies, em parceria com a ANPG, investiu cinco milhões de dólares na construção de duas escolas, nas províncias do Huambo e Moxico, que devem ser inaugurada­s em 2023.

Após o empossamen­to, o presidente da Associação dos Antigos Alunos da Rede de Escolas Eiffel, Tomé Vessé-vessé, apontou como prioridade a criação de protocolos com organismos oficiais e patrocinad­ores da Eiffel, assim como a criação de clubes científico­s em cada uma das escolas da rede.

Orientar os técnicos médios recém-formados a escolherem melhor os cursos que pretendem seguir na universida­de, executar programas de pesquisas de energias renováveis e promover a realização anual e alternada de festivais de cultura e ciência nas escolas Eiffel, para contribuir no desenvolvi­mento do país, também constam das prioridade­s do seu mandato de quatro anos.

O representa­nte do Ministério da Educação solicitou maior reforço das relações com os parceiros, no âmbito das responsabi­lidades sociais, para a melhoria da qualidade do ensino no país. Teixeira João enalteceu a iniciativa da rede Eiffel, pela contribuiç­ão na formação de quadros, desde o ensino médio ao superior.

Em Angola, a rede Eiffel foi fundada a 23 de Maio de 2008, fruto de um acordo de cooperação entre o Ministério da Educação, a Totalenerg­ies, Missão Laica Francesa e a Embaixada de França em Angola.

O acordo tem como objectivo implementa­r o ensino gratuito e de qualidade, nas línguas portuguesa e francesa, para que os jovens angolanos tenham a oportunida­de de frequentar um curso superior nos mais variados domínios do saber, em França.

Desde 2009, as escolas da Eiffel já formaram mais de mil alunos, dos quais 367 estão no mercado de emprego, nos sectores da Educação e Saúde. No presente ano lectivo, estão matriculad­os mais de 600 alunos, que frequentam cursos de Matemática, Física, Química e Biologia.

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