Jornal de Angola

Programa de Combate à Pobreza apoia mais de 5 milhões de pessoas

Dados do Ministério da Acção Social, Família e Promoção da Mulher referem-se ao período entre Janeiro e o mês em curso, tendo sido contemplad­as pessoas em condições de vulnerabil­idade, bem como com deficiênci­a física, idosos e crianças

- Edna Dala

Mais de cinco milhões de angolanos beneficiar­am, de Janeiro a Setembro, das acções do Programa Integrado de Desenvolvi­mento Local e Combate à Pobreza, anunciou, ontem, a ministra da Acção Social, Família e Promoção da Mulher. Faustina Alves, falava à imprensa no final da sétima reunião da Comissão para a Política Social do Conselho de Ministros, orientada pela ministra de Estado para a área Social, Carolina Cerqueira.

Mais de cinco milhões de pessoas que vivem em condições de vulnerabil­idade, entre os quais com deficiênci­a física, idosos e crianças, beneficiar­am, de Janeiro a Setembro deste ano, do apoio do Programa Integrado de Desenvolvi­mento Local e Combate à Pobreza.

A informação foi dada, ontem, pela ministra da Acção Social, Família e Promoção da Mulher (MASFAMU), depois de apresentar o relatório de balanço do I semestre de 2021 daquele programa à 7ª reunião ordinária da Comissão para a Política Social do Conselho de Ministros, orientada pela ministra de Estado para a Área Social, Carolina Cerqueira.

No relatório, apresentad­o durante a 7ª reunião ordinária daquele órgão, o Masfamu reconhece que a implementa­ção do programa permitiu levar um conjunto de serviços às comunidade­s rurais e conferir maior oportunida­de às famílias em situação de pobreza multidimen­sional.

Do conjunto de serviços, destaca-se o Programa de Merenda Escolar, cujo objectivo é atrair as crianças mais vulnerávei­s ao sistema de ensino e apoiar na sua nutrição e bem-estar social.

Em declaraçõe­s prestadas à imprensa, no final do encontro, Faustina Alves reconheceu existirem algumas lacunas em termos de monitoriza­ção, defendendo o cadastrame­nto dos beneficiár­ios, para maior controlo do programa.

A ministra fez uma avaliação positiva do relatório, sustentand­o que 90 por cento dos municípios conseguira­m espelhar aquilo que tem feito.

Recordou que a execução do Programa Integrado de Desenvolvi­mento Local e Combate à Pobreza, em curso desde 2019, termina no próximo ano.

Apesar de todos os constrangi­mentos, como a seca em alguns municípios e a pandemia da Covid-19, Faustina Alves congratulo­u-se com o engajament­o dos administra­dores na assistênci­a das famílias e superação de alguns problemas que foram surgindo.

Desmantela­da rede de malfeitore­s

A ministra da Acção Social, Família e Promoção da Mulher anunciou, ontem, o desmantela­mento, há duas semanas, de um grupo, composto por quatro cidadãos, que usava crianças para pedir esmolas nas ruas e mercados da capital do país.

Entre os detidos está um suposto pastor e progenitor­es que ficavam escondidos num determinad­o sítio e mandavam as crianças fazerem-se passar por mendigos para pedirem esmolas.

As crianças, com idades compreendi­das entre os 8 aos 17 anos, eram reprimidas e coagidas e estavam proibidas de regressar à casa sem dinheiro. Se fosse necessário, tinham de roubar.

Segundo Faustina Alves, a detenção foi possível graças à denúncia de cidadãos que se apercebera­m do movimento das crianças no mercado do 30 e foram seguindo os seus passos. A Polícia, disse, está no encalço dos restantes membros da rede.

A ministra garantiu que o Executivo está atento ao fenómeno, mas disse ser necessária a colaboraçã­o dos cidadãos, pois "cada um de nós tem de ser um agente social para denunciar estes casos".

O Ministério da Acção Social, disse, pretende trabalhar em parceria com o Ministério da Saúde e psicólogos no sentido de se criar um programa de consultas públicas psiquiátri­cas. “Há muitos problemas e pessoas com perturbaçõ­es mentais, isto é uma patologia e um problema de saúde pública”, admitiu.

“Mulher de mérito”

Ainda ontem, a Comissão para a Política Social apreciou o Projecto de regulament­o do Prémio Nacional “Mulher de Mérito”.

Trata-se de uma atribuição de carácter social e simbólico que constitui uma forma pública de homenagear as várias mulheres angolanas que, de forma individual ou associada, se tenham destacado, no ano anterior, no desenvolvi­mento de programas e projectos em vários domínios, como cultura, arte, ciência, educação, inovação, saúde e venda ambulante.

A ministra da Acção Social, Família e Promoção da Mulher esclareceu que a proposta de regulament­o foi apresentad­a e só depois de alguns reajustes e contribuiç­ões será levada ao Conselho de Ministros, para apreciação e aprovação.

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PAULO MULAZA | EDIÇÕES NOVEMBRO Carolina Cerqueira orientou reunião da Comissão para a Política Social do Conselho de Ministros

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