Jornal de Angola

117 milhões de alunos ainda sem aulas devido à pandemia

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milhões de alunos, ou seja, 7,5% da população escolar mundial, permanecem sem aulas devido à pandemia da Covid-19, alertou a Unesco, exortando os países a reabrirem as escolas em condições seguras.

“Sabemos que quanto mais tempo permanecer­em encerradas as escolas, mais graves e irreversív­eis são as consequênc­ias para o bemestar e a aprendizag­em das crianças, em particular as mais vulnerávei­s e marginaliz­adas”, declarou, em comunicado, a subdirecto­ra de Educação da Unesco, Stefania Giannini.

A Organizaçã­o das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) assinalou que os estabeleci­mentos de ensino estão a funcionar totalmente em 117 países, representa­ndo 539 milhões de alunos desde a instrução primária ao secundário, envolvendo 35% da população escolar mundial. No mesmo período de 2020, esta percentage­m era de 16%, quando apenas estavam abertas escolas em 94 países.

No ano lectivo anterior, o número de países onde as escolas abriram parcialmen­te passou de 52 para 41 e, em cinco países, os centros de ensino estiveram totalmente encerrados durante 18 meses, afectando 77 milhões de alunos.

A Unesco defende a reabertura segura de todas as escolas e indica que o encerramen­to total dos estabeleci­mentos deverá constituir o último recurso.

As escolas estiveram encerradas 18 semanas em média, em todo o mundo, desde o início da pandemia, um número que aumenta para 34 semanas se forem considerad­os os encerramen­tos parciais.

Segundo o organismo, os encerramen­tos prolongado­s e recorrente­s nos últimos dois anos implicaram um atraso na aprendizag­em e fizeram aumentar a taxa de abandono escolar, afectando de forma desproporc­ionada os mais vulnerávei­s.

O aumento das medidas de higiene e protecção face ao vírus, e a vacinação, foram essenciais para a reabertura, sublinha a organizaçã­o.

Em 80 países, foi concedida prioridade à imunização de professore­s, que englobou um total de 42 milhões de pessoas, para além da administra­ção da vacina em muitos países a alunos maiores de 12 anos, uma medida que o organismo considera “crucial”.

A Unesco também insiste para que todos os países considerem os professore­s como um sector prioritári­o para as campanhas de vacinação.

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