MOSAP prevê chegar às 18 províncias do país
Projecto de Desenvolvimento da Agricultura Familiar e Comercialização é uma iniciativa do Banco Mundial e foi prorrogado a sua execução para até final de 2022
O Projecto de Desenvolvimento da Agricultura Familiar e Comercialização (MOSAP II) vai estender-se às 18 províncias do país, anunciou, ontem, no Cuito, o ministro da Agricultura e Pescas.
Francisco de Assis afirmou, que o projecto MOSAP dará continuidade no próximo ano, passando para a fase III, abrangendo a totalidade das províncias de Angola.
O ministro sublinhou que, embora exista a pretensão do Banco Mundial, o maior financiador do projecto, em terminar este ano com o MOSAP II, o Governo angolano achou necessário a sua prorrogação até ao ano de 2022, por causa dos bons resultados que o projecto tem vindo a apresentar junto dos agricultores familiares.
Fruto dos bons resultados que tem vindo a alcançar, o programa já foi implementado nas províncias do Bié, Huambo e Malanje.
António Francisco de Assis destacou a importância que este projecto tem vindo a dar em prol do desenvolvimento da agricultura, assim como o contributo na redução da fome e da pobreza no seio das populações um pouco por todo país, sobretudo nas três províncias onde já está em execução o referido projecto.
“Cerca de 50 por cento dos produtos do campo consumidos no país é fruto da produção da agricultura familiar, por isso o governo entendeu dar continuidade ao programa MOSAP”, afirmou o ministro António Francisco Assis.
Fábrica de fertilizantes
Durante o encontro com o ministro António Francisco Assis, o governador do Bié, pediu a instalação de uma fábrica de fertilizantes nesta província, com vista a servir a região centro e leste do país. Pereira Alfredo afirmou que a província tem condições que permitem construir uma fábrica de fertilizantes, visando acudir as mais de trezentas mil famílias camponesas controladas pelas autoridades.
Pereira Alfredo afirmou que a construção de uma única fabril de adubo iria contribuir para a redução do preço do produto no mercado.
“Actualmente, o saco de 20 quilos está a custar 23 a 25 mil kwanzas, mais com uma fábrica aqui, num projeto a médio prazo, o preço do fertilizante poderá baixar”, defendeu o governador.
Ainda ontem, o ministro da Agricultura, Pecuária e Pescas visitou o projecto Mosap II, na companhia do director do Regional do Banco Mundial para Angola, República Democrática do Congo e São Tomé e Príncipe, Jean Chistophe Carret.
Na localidade do Ungo, a delegação se inteirou das condições de trabalho dos camponeses, e testemunharam a inauguração do primeiro, dos quatro, sistemas de irrigação do projeto financiado pelo Banco Mundial.