Cadeia logística no Bié
A província do Bié vai ter, em breve, uma cadeia logística para atender as províncias fronteiriças e assim aproveitar melhor o corredor do Lobito, afirmou o governador da província, Pereira Alfredo, quando apresentava à uma comitiva do Banco Mundial os projectos prioritários que necessitam de financiamentos.
Pereira Alfredo disse que os sectores da agricultura, transportes, saneamento básico, educação, infra-estruturas, energia e águas constituem o maior esteio para o desenvolvimento da província do Bié. “Com isso, temos programas e projectos que carecem de financiamentos, neste caso do Banco Mundial”.
O governador do Bié disse, por outro lado, que as prioridades da província com o Banco Mundial são a educação, para diminuir ao máximo o fosso de crianças fora do sistema de ensino.
É também prioridade da província do Bié, de acordo com o governador Pereira Alfredo, o fornecimento de energia, uma vez que para levar-se o desenvolvimento às outras zonas, faz-se necessária a presença de energia.
“Hoje, a província tem energia, mas precisamos levar aos municípios para gerar o desenvolvimento necessário. A nossa terceira prioridade é a agricultura, uma vez que o Bié tem todas as condições para produzir em grande escala, sendo um desafio da transformação”, afirmou.
Pólo Industrial
O estado actual do Pólo Industrial do Cunje, que necessita de financiamento, também foi apresentado, pois a província é uma plataforma para o corredor do Lobito, disse o governador. Pereira Alfredo apresentou ainda a necessidade da construção das estradas Cuito /Cuemba/moxico, estrada paralela ao caminho de ferro, e Cuito/andulo/malanje, para facilitar o escoamento dos produtos.
“A cadeia logística do Cunhinga é outro projecto que estamos a desenvolver com o Ministério dos Transportes, pois temos aqui a linha férrea, para distribuirmos as mercadorias para as províncias fronteiriças com a nossa”, avançou.
O director Regional do Banco Mundial para Angola, República Democrática do Congo e São Tomé e Príncipe, Jean Chistophe Carret, trabalhou, nesta segunda-feira, na província do Bié para acompanhar as execuções dos projectos financiados por aquela instituição, com maior incidência o programa MOSAP II.
Segundo disse, é preocupação saber, como se poderá alavancar a parceria e quais as áreas estratégicas, que deverão focalizar o financiamento do Banco Mundial.