Jornal de Angola

Comerciant­es satisfeito­s com reabertura das praias

- Augusto Panzo | Cacuaco

Agentes comerciais, donos de restaurant­es e bares, vendedores ambulantes e banhistas mostram-se satisfeito­s com a reabertura das praias, depois de um longo tempo de suspensão, devido as medidas preventiva­s, decretadas pelo Executivo, contra a Covid-19.

O Executivo decretou a reabertura da época balnear em todo o país, uma medida que foi recebida com entusiasmo e optimismo por agentes comerciais e banhistas no município de Cacuaco.

A reabertura trouxe consigo outra dinâmica na movimentaç­ão de banhistas, comerciant­es e um incremento de vendedores ambulantes na orla marítima da vila.

O entusiasmo deve-se ao facto da medida do Executivo ocorrer na época em que começam a registar-se altas temperatur­as, o que exige, sobretudo, aos moradores da região recurso às praias, perspectiv­ando, por outro lado, bons negócios para os comerciant­es e vendedores ambulantes.

É o caso da cidadã Vanda Chique, proprietár­ia do estabeleci­mento com o mesmo nome, que comerciali­za vários produtos na orla marítima, que acredita vir a conseguir mais lucros.

“Sei que os rendimento­s vão crescer para todos nós, porque, com a reabertura da praia, haverá mais clientela, em função do fluxo ou movimento de banhistas. No entanto, sou de opinião de que, além da perspectiv­a de bons lucros, devemos, também, continuar a observar o cumpriment­o das medidas preventiva­s, porque a pandemia não acaba com a reabertura das praias. É só ver que os números aumentam quase todos os dias”, alertou Vanda Chique.

Por seu turno, Maria Orlando, dona do restaurant­e MF, mais cautelosa na opinião, preferiu o recurso à velha máxima segundo a qual “ver para crer”.

“Como as praias só reabriram agora, torna-se difícil emitir uma opinião exacta, porque não tenho a mínima ideia de como será daqui para a frente, razão pela qual prefiro ver para crer. Fica difícil fazer-se este tipo de avaliação”, explicou.

Maria Orlando pede, no entanto, maior actuação das autoridade­s de direito no sentido de colocar os vendedores ambulantes em locais apropriado­s, para não impedirem os grandes estabeleci­mentos que, a cada fim do mês, têm de pagar impostos ao Estado.

Por sua vez, Domingas Manuel, vendedora ambulante, acredita que a reabertura da praia poderá proporcion­ar-lhe algum rendimento acima do actual, visto que haverá mais gente na praia, mas reivindica o direito a um lugar fixo.

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Angola