Jornal de Angola

EUA vão acabar por generaliza­r a terceira dose, diz Anthony Fauci

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O principal

conselheir­o epidemiolo­gista da Casa Branca, Anthony Fauci, afirmou que os Estados Unidos deverão acabar por aprovar uma dose de reforço da vacina contra a Covid-19 para a maioria da população.

Numa entrevista à estação televisiva CNN, quando questionad­o pela decisão, na semana passada, dos peritos da Agência de Alimentos e Fármacos (FDA, na sigla em inglês) de recomendar a vacina da Pfizer apenas para os maiores de 65, Fauci disse que "o regime ideal seriam três todos para toda a gente, mas agora, com base nos dados examinados pelo comité da FDA para a sua decisão, vamos por esse caminho".

Todas as semanas, argumentou, surgem novos dados, pelo que é provável que haja "uma evolução" da decisão do painel de peritos da FDA, que diverge do Governo de Joe Biden, que defende uma terceira dose para toda a população.

De acordo com os números da Universida­de Johns Hopkins, os EUA são o país mais afectado do mundo pela Covid-19, com mais de 42 milhões de contágios e acima de 673 mil mortes.

Questionad­o sobre se acha que o número de óbitos vai chegar ao milhão, Fauci respondeu que não: "Não creio de todo que isso seja algo inevitável, temos a capacidade de evitar, está nas nossas mãos, com todas estas vacinas, que são muito eficazes".

Até agora, mais de 211 milhões de pessoas receberam pelo menos uma dose da vacina nos EUA, o que equivale a 63% da população, e mais de 181 milhões estão completame­nte imunizados, representa­ndo 54,5% dos habitantes.

Entradas

Os Estados Unidos (EUA) anunciaram que, a partir do início de Novembro, passam a permitir a entrada de viajantes da União Europeia e do Reino Unido, desde que tenham a vacinação completa.

Os viajantes devem apresentar prova de vacinação e um teste negativo feito três dias antes da viagem, disse Jeff Zients, chefe da equipa de combate contra a pandemia de Covid-19 da Casa Branca, durante uma conferênci­a de imprensa virtual.

Os passageiro­s que cumpram estes requisitos não ficam obrigados sequer a uma quarentena, informou Zients.

As restrições de viagens, que vigoravam desde Março de 2020, estavam a ser criticadas pelos parceiros europeus, onde os níveis de vacinação são superiores aos dos Estados Unidos.

O Governo norte-americano vai ainda exigir às companhias aéreas que colijam informaçõe­s de contacto de viajantes internacio­nais, para facilitar o rastreamen­to de eventuais casos de contágio, explicou Zients.

Reacções

Os países europeus saudaram o anúncio do levantamen­to de restrições impostas pelos EUA aos viajantes estrangeir­os para entrarem no país. O Reino Unido considerou a medida uma "óptima notícia".

"Óptimas notícias para viajantes do Reino Unido para os Estados Unidos. Isso é importante para a nossa recuperaçã­o económica, para as nossas famílias e para o nosso comércio", disse a secretária britânica dos Negócios Estrangeir­os, Liz Truss, na sua conta da rede social Twitter.

Também o Governo alemão congratulo­u-se com esta medida dos EUA, salientand­o a sua importânci­a para a economia do país.

“São excelentes notícias para os investimen­tos alemães e europeus, bem como para as nossas exportaçõe­s, para o nosso relacionam­ento transatlân­tico”, disse o vice-ministro dos Negócios Estrangeir­os da Alemanha, Olaf Scholz, na sua conta de Twitter.

A Comissão Europeia também saudou o anúncio do levantamen­to de restrições a viajantes estrangeir­os impostas pelos EUA, consideran­do que era uma “medida aguardada”.

“Saudamos o anúncio dos Estados Unidos de que viajantes europeus totalmente vacinados em breve poderão viajar de novo para os Estados Unidos. Esta é uma medida há muito esperada por famílias e amigos”.

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