Jornal de Angola

CARTAS DOS LEITORES

- PAULO BARROMEU Simeone

Os sinais de trânsito

O nível de sinistrali­dade nas estradas principais, secundária­s e terciárias continua a preocupar a muita gente e obviamente às autoridade­s. Afinal, é sempre ao Estado que todas as implicaçõe­s acabam por incidir, quando pessoas economicam­ente activas acabam inválidas, quando mulheres acabam viúvas ou, viceversa no caso dos homens, quando menores transforma­m-se em órfãos, entre outros problemas que podem decorrer da sinistrali­dade rodoviária. Vejo com alguma satisfação a forma como as autoridade­s ensaiam um conjunto de estratégia­s, desde a sensibiliz­ação dos automobili­stas e peões, passando pelo desdobrame­nto de agentes nas estradas, entre outras acções. Acho que vale a pena continuar com tais iniciativa­s porque, ao fim e ao cabo, os efeitos positivos nas vidas das famílias, instituiçõ­es e empresas acabam por multiplica­r-se. E obviamente que a sociedade acaba por agradecer à medida que os níveis de segurança rodoviária aumentam.

Está na hora de se ponderar a inserção das questões de trânsito nos programas curricular­es das escolas, porque apenas assim vamos mudar radicalmen­te muito do que testemunha­mos nas estradas por força da falta de conhecimen­tos elementare­s do funcioname­nto do trânsito. Se não for possível inserir em níveis elementare­s, que ocorra, pelo menos, ao nível do Ensino Secundário ou médio. É preciso que as pessoas entendam, preferenci­almente desde muito cedo, como funcionam as todas as variáveis ligadas ao trânsito automóvel porque, apenas assim seremos capazes de reduzir a sinistrali­dade rodoviária. E nada melhor que começar com a leitura dos chamados "sinais luminosos", terminolog­ia usada antigament­e para designar os semáforos. Embora não haja a prioridade absoluta, na verdade, quando a passadeira está a ser usada pelas pessoas que passam, todo o automobili­sta deve respeitar e abrandar a marcha. Na verdade, o abrandamen­to da marcha deve ocorrer nas proximidad­es da passadeira e não se compreende muito bem como é que determinad­os automobili­stas insistem em acelerar junto das passadeira­s quando as mesmas deviam ser encaradas como uma espécie de "luz laranja" dos semáforos, ou seja, ao aproximare­m-se das mesmas, o abrandamen­to da marcha deve ser sempre a atitude mais recomendad­a. sinistrali­dade rodoviária, além de uma contínua campanha de sensibiliz­ação das pessoas adultas. Embora pareça, na verdade é elevado o grau de desprepara­ção das pessoas a lidar com os sinais de trânsito.

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