Embaló quer fim das sanções contra os golpistas de 2012
O Presidente da Guiné-bissau, Umaro Embaló, disse, ontem, que vai abordar com o Comité de Sanções das Nações Unidas a questão do levantamento de sanções impostas aos militares responsáveis pelo Golpe de Estado de 2012 no seu país.
Segundo a agência Lusa, o chefe de Estado guineense falava aos jornalistas no aeroporto internacional Osvaldo Vieira, em Bissau, momentos antes de partir para Nova Iorque, onde vai participar na 76ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas.
O Comité de Sanções da ONU decidiu sancionar 11 oficiais militares guineenses considerados protagonistas do Golpe de Estado de 2012, que afastou no poder o então Primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior. Os golpistas estão proibidos de viajar para fora da Guiné-bissau e têm as contas bancárias congeladas no exterior desde 2021.
Entre oficiais militares sancionados, destacam-se o antigo chefe de Estado-maior General das Forças Armadas, general António Indjai; general Mamadu Turé, actual vicechefe do Estado-maior General Ibraima Papa Camará, antigo chefe de Estado-maior da Força Aérea e actual presidente do Instituto Nacional da Defesa, general Estevão Na Mena, inspector-geral das Forças Armadas, e o brigadeiro Daba Na Walna, presidente do Tribunal Superior Militar.
Além de figurar na lista de sancionados, o general António Indjai, actualmente na reserva, é alvo de um mandado de captura internacional, emitido pelos Estados Unidos da América que o acusam de “crimes de narcoterrorismo, conspiração para importar cocaína, conspiração para fornecer apoio material a uma organização terrorista estrangeira e conspiração para adquirir e transferir mísseis anti-aéreos para os rebeldes das FARC na Colômbia”.
Os Estados Unidos prometem uma recompensa de cinco milhões de dólares para quem ajudar na localização e captura do general Indjai.