Jornal de Angola

EUA avançam para terceira dose a maiores de 65 anos

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O organismo que regula a comerciali­zação de medicament­os nos Estados Unidos, autorizou uma terceira dose de vacina Pfizer para pessoas com mais de 65 anos e também para idosos em risco de saúde ou especialme­nte expostos à Covid-19.

O grupo de pessoas em risco consiste em trabalhado­res da saúde, professore­s, prestadore­s de cuidados, empregados de supermerca­do, sem-abrigo e prisioneir­os, explicou a Agência de Alimentos e Fármacos (FDA, na sigla em inglês).

"A decisão de quartafeir­a demonstra que a ciência e os dados actualment­e disponívei­s continuam a orientar a tomada de decisões da FDA para as vacinas Covid19 durante esta pandemia", frisou a directora da FDA, Janet Woodcock, numa declaração.

Um painel de peritos dos Centros de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC), a principal agência federal de saúde pública do país, também se reuniu na quarta-feira, para discutir o assunto.

Espera-se que o CDC emita recomendaç­ões detalhadas para os profission­ais que irão administra­r as terceiras doses, incluindo o que se entende exactament­e pelo termo "alto risco".

A decisão da FDA difere do que foi anunciado pela administra­ção de Joe Biden: esta última tinha assegurado que seria lançada uma vasta campanha de vacinas Pfizer e Moderna, a partir da semana de 20 de Setembro, para todos os norte-americanos, oito meses após a sua segunda injecção.

Justificou o anúncio apontando para dados precoces mostrando que a eficácia de ambos os produtos começaram a diminuir com o tempo nos vacinados.

O conselheir­o do Governo para a crise da Covid-19, o imunologis­ta Anthony Fauci, rejeitou, no domingo, a ideia de que a decisão dos peritos de saúde constituía um revés para o Governo.

A Moderna apresentou os dados iniciais à FDA no início de Setembro, mostrando a eficácia de uma dose impulsiona­dora, que ainda precisa de ser analisada. A Johnson & Johnson entregou estes dados na terça-feira.

Esta é uma medida que a Organizaçã­o Mundial de Saúde (OMS) desaprovou em várias ocasiões, denunciand­o as desigualda­des na vacinação entre países ricos e pobres. Segundo a OMS, seria simultanea­mente mais ético e mais pragmático, do ponto de vista da saúde pública, vacinar primeiro o maior número possível de pessoas.

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