Preocupações da autoridades francesas
francesa da Defesa reuniu-se, terçafeira, com o Governo do Mali, dominado pelos militares, num momento de preocupações relativamente à possibilidade de intervenção da empresa de segurança russa Wagner e à realização das eleições em Fevereiro do próximo ano.
Florence Parly assegurou que a França permanecerá militarmente no Mali, onde está empenhada desde Janeiro de 2013, apesar da reorganização em curso do seu dispositivo militar na região do Sahel, agora mais reforçada e dirigida contra os líderes e quadros 'jihadistas' e no apoio aos exércitos locais.
“Durante os últimos oito anos, a França escolheu estar continuamente ao lado do Mali, para ganhar, mas também para sofrer com isso”, afirmou a responsável do Executivo francês, após um encontro com o homólogo do Mali, o coronel Sadio Camara. “É tempo de mudar a nossa forma de operar”, disse, referindo-se em particular à evacuação prevista das bases em Kidal, Tessalit e Timbuktu, no Norte do Mali, para se concentrar na “zona das três fronteiras”, ou seja, nas zonas fronteiriças com o Níger e Burkina Faso.
Mas “será sempre uma questão de tranquilidade”, graças, em particular às “capacidades aéreas em benefício das forças armadas malianas e das forças internacionais”, sublinhou a ministra. “Não vamos sair do Mali”, insistiu. “Sabemos que a situação de segurança permanece frágil”, acrescentou.
A França e a Alemanha também já tinham avisado, na semana passada, que uma eventual utilização do grupo Wagner, para treinar as Forças Armadas do Mali e fornecer protecção aos seus líderes, poria em causa o compromisso militar com o Mali.