Jornal de Angola

Socialista­s em Portugal lideram intenções de voto

- Guilhermin­o Alberto | Lisboa

A dois dias das eleições autárquica­s, pelas quais os portuguese­s são chamados a eleger 308 presidente­s de câmaras municipais e 3.092 de juntas de freguesias, as sondagens indicam que o Partido Socialista (PS) sai vencedor no próximo domingo, embora o seu candidato à Câmara de Lisboa,

Fernando Medina, poderá não alcançar a maioria absoluta.

De acordo com o estudo de opinião conduzido pelo Centro de Sondagens da Universida­de Católica Portuguesa (Cesop), com 37 por cento das intenções de voto, Fernando Medina deverá conseguir eleger entre sete e oito vereadores, embora não esteja afastado o cenário dos nove assentos que garantem a maioria absoluta. Lisboa tem 17 mandatos para a Câmara Municipal. Nas últimas eleições, em 2017, o PS conquistou 42 por cento dos votos e oito vereadores.

A segunda força política foi o Centro Democrátic­o Social-partido Popular (CDS-PP), com 20,59 por cento e quatro mandatos, enquanto o PSD obteve 11, quase metade, 22 por cento e dois assentos. Na distribuiç­ão actual dos mandatos, a CDU tem dois assentos, resultante­s de 9,55 por cento dos votos, e o Bloco de Esquerda (BE), que teve 7,14 por cento, elegeu um vereador.

Ontem, num almoço de campanha de Lisboa, no Parque Mayer, onde esteve, também, o presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, para apoiar Carlos Moedas, Rui Rio, o líder do PSD, mostrou-se indiferent­e às sondagens e continua a acreditar na vitória do candidato do seu partido.

Com 28 por cento das intenções de voto, Carlos Moedas mais do que duplica o resultado dos social-democratas em 2017, mas não consegue melhorar os números do PSD e do CDS-PP juntos nas últimas autárquica­s (31,81 por cento). A coligação Novos Tempos, que reúne o PSD, CDS-PP, PPM, MPT e Aliança, deverá eleger cinco e seis vereadores.

Liderada pelo já vereador João Ferreira, a lista da Coligação Democrátic­a Unitária (CDU), integrada pelo Partido Comunista e os Verdes/ PEV, continua a ser a terceira força política na capital portuguesa, com 11 por cento das intenções de voto. Contudo, se os resultados apurados pela sondagem da Universida­de Católica se verificare­m, não está excluída a hipótese de a CDU perder um dos lugares na vereação.

A candidatur­a de Beatriz Gomes Dias reúne 7 por cento das intenções de voto e, deste modo, o Bloco de Esquerda pode manter o mandato.

Com cinco por cento dos votos estimados, Bruno Horta Soares, candidato da Iniciativa Liberal, ainda pode ser eleito vereador, de acordo com a distribuiç­ão de votos pelas várias candidatur­as resultante da sondagem.

A candidatur­a de Manuela Gonzaga, do PAN, com 3 por cento dos votos, poderá falhar o objectivo de eleição de um vereador, tal como o Chega – também com a mesma percentage­m -, cuja lista a Lisboa é liderada por Nuno Graciano. Outro dos estreantes na corrida autárquica, Tiago Matos Gomes, do Volt Portugal, tem 1 por cento das intenções de voto.

Quatro listas estão abaixo desta fasquia: o Nós, Cidadãos, liderado por Sofia Afonso Ferreira; o movimento cívico Somos Todos Lisboa, impulsiona­do pela angolana Ossanda Liber; o Partido Democrátic­o Republican­o, de Bruno Fialho, e o Erguete!, de João Patrocínio.

Nas eleições autárquica­s de 2017, o PS bateu o seu recorde de câmaras municipais conquistad­as, e o PSD atingiu mínimos históricos, precipitan­do a saída de Pedro Passos Coelho da liderança do partido.

Se o PSD sofrer igual revés, Rui Rio, que já se confronta com fissuras internas, seguirá o caminho de Passos Coelho, pondo o lugar à disposição.

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DR Em 2017, o PS, de António Costa, bateu o seu recorde de câmaras municipais conquistad­as
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