Jornal de Angola

Incansável na resolução dos conflitos regionais

No âmbito dos quatro anos desde que tomou posse como Presidente da República. O Jornal de Angola ouviu algumas individual­idades para que pudessem fazer uma avaliação sobre a governação do Presidente João Lourenço. “Angola está mais envolvida na resolução

- Garrido Fragoso

O Presidente da República é apontado, actualment­e, pela comunidade internacio­nal e a maioria dos líderes africanos, como a personalid­ade que, nos últimos anos, tem prestado um imensuráve­l contributo na resolução de conflitos na região dos Grandes Lagos. Com esta contribuiç­ão, Angola é tida como um país de grande peso político, capaz de influencia­r a correlação de forças e ideias políticas na região.

Desde que tomou posse como Presidente da República, em Setembro de 2017, João Lourenço não tem poupado esforços para ver solucionad­a a crise política e militar em alguns Estados que constituem a Região dos Grandes Lagos, mais concretame­nte o Rwanda e Uganda, República Centro Africana (RCA), Sudão, República Democrátic­a do Congo (RDC), Tchad e demais países do continente berço.

A prova disso é o seu engajament­o na realização de mini-cimeiras no país, com o propósito de ajudar as autoridade­s dos referidos Estados a encontrare­m uma solução pacífica para os conflitos que os divide, o que, em certa medida, entravam não só o cresciment­o económico interno dos mesmos, como do continente berço, no geral.

“A Região dos Grandes Lagos está mais estável e pacífica devido ao envolvimen­to do Presidente angolano. Há, na região, um clima muito melhor para o investimen­to do que há três anos”

A influência angolana na resolução dos conflitos na Região dos Grandes Lagos ficou mais evidente desde que o país assumiu, em Novembro do ano passado, pela segunda vez, a presidênci­a da Conferênci­a Internacio­nal sobre a Região dos Grandes Lagos (CIRGL), em substituiç­ão da República do Congo.

A reeleição de Angola à presidênci­a da CIRGL assinalou a confiança depositada pela comunidade regional e internacio­nal ao Presidente da República, sobretudo pela forma como tem conduzido os destinos da organizaçã­o regional e o contributo no processo de pacificaçã­o do continente.

Ao lhe ser dado voto de confiança na CIRGL, João

Lourenço, nas vestes de presidente desta organizaçã­o regional, incremento­u contactos com os homólogos da região, participan­do e organizand­o mini-cimeiras, com o objectivo de encontrar as

melhores vias para a resolução dos conflitos.

Como prova do seu envolvimen­to na pacificaçã­o da crise política e militar na República Centro Africana, o Presidente João Lourenço

promoveu, até ao momento, em Luanda, três mini-cimeiras. A primeira decorreu a 29 de Janeiro, a segunda no dia 20 de Abril e a última há pouco menos de duas semanas, tendo contado, pela primeira vez,

com a presença do presidente da Comissão da União Africana, Moussa Faki Mahamat.

Na cimeira de Abril último, o Chefe de Estado angolano fez uma informação detalhada aos homólogos sobre a crise política e militar na RCA e os motivos que levaram os principais grupos armados naquele país a abandonar a luta armada e a aderir ao programa de DDRR.

Na ocasião, os Chefes de Estado e de Governo saudaram a disponibil­idade e empenho do Presidente João Lourenço no processo de reconcilia­ção e procura de uma solução pacífica para a resolução do conflito naquele país da África Central, consubstan­ciado na violência sectária entre grupos muçulmanos e milícias cristãs.

Além das mini-cimeiras convocadas na capital angolana, o Presidente João Lourenço tomou parte de outras, realizadas fora do solo angolano e por vídeo-conferênci­a. Neste formato, participou, em Novembro do ano passado, na Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da CIRGL, que elegeu o diplomata angolano João Samuel Caholo ao cargo de secretário executivo da organizaçã­o regional.

Para encontrar soluções para o conflito entre o Rwanda e Uganda, o Presidente João Lourenço deslocou-se, em Fevereiro do ano passado, a Gatuna-katuna (fronteira entre os dois países), para a cimeira que juntou os homólogos da RDC, Félix Tshisekedi, do Rwanda, Paul Kagame, e do Uganda, Yoweri Museveni. Este evento foi antecedido de outro, realizado dias antes na capital angolana, convocada pelo Chefe de Estado angolano, com o mesmo objectivo.

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