Esforços para a Paz na RCA
e comentarista de política internacional Leitão Ribeiro, desde que o Presidente João Lourenço tomou posse, em Setembro de 2017, Angola está mais envolvida nos problemas regionais, sobretudo na mediação, para apaziguar as tensões entre o Uganda e Rwanda e, mais recentemente, procurando uma solução para a paz na República Centro-africana (RCA).
“João Lourenço tem tido empenho positivo nos esforços para ultrapassar as crises políticas e militares na Região dos Grandes Lagos nos últimos quatro anos. Tem feito um grande trabalho para pôr fim à presença, em território da RDC, das Forças Democráticas de Libertação do Rwanda (FDLR) e para o desmantelamento das milícias congolesas (M23)”, declarou Leitão Ribeiro.
O especialista realça que, “ainda que a situação não esteja totalmente normalizada, registaram-se progressos substanciais, que levaram ao estabelecimento de um diálogo nacional entre o Governo, os partidos da oposição e outras forças da sociedade civil, no sentido de se criar um clima propício para a realização de eleições em tempo oportuno”.
Sublinhou que João Lourenço tem apontado o diálogo inclusivo na região entre as forças vivas da sociedade, com vista a ultrapassar a crise política pós-eleitoral, derivada da interpretação da Constituição do país, sobre os mandatos presidenciais, registando-se nos últimos meses, alguma estabilidade, por exemplo, no Burundi.
Segundo o analista político, o presidente da Conferência Internacional da Região dos Grandes Lagos tem dado garantias e confiança na condução de todos os actos que levem à concretização efectiva de bases para o restabelecimento de uma paz e estabilidade política e social na sub-região dos Grandes Lagos e da África Central, que se quer ver livre de conflitos armados.
O Chefe de Estado discursou junto dos países membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas, a favor do levantamento definitivo do embargo de armas, que pende ainda sobre a República Centro-africana, lembrou o comentarista político. Salientou que João Lourenço pediu às Nações Unidas mais apoio internacional para a paz e segurança na RCA, neutralização das forças dissidentes no país, respeito do cessar-fogo e suspensão do embargo de armas.
A intervenção no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque, sobre a RCA, foi feita na qualidade de presidente da Conferência Internacional para a Região dos Grandes Lagos (CIRGL).
Hoje, a cíclica instabilidade da região diminuiu consideravelmente, fruto de uma liderança diplomática muito activa, empreendida pelo Presidente João Lourenço, referiu o comentarista político, salientando ser neste contexto que a capital angolana, Luanda, aparece como o epicentro político na resolução das crises político-militares da África Central.
A Região dos Grandes Lagos, salientou, está “mais estável" e pacífica”, também devido ao envolvimento do Presidente angolano. “Há um clima muito melhor para investimento do que era há três anos”, referiu Leitão Ribeiro, para quem a transiçãopacíficanarepúblicademocrática do Congo, o fim do conflito aberto entre Uganda e Rwanda e a melhoria da situação no Burundi aconteceram graças à intervenção e influência do Presidente João Lourenço.
No decurso dos quatro anos de mandato como Presidente da República, Angola dinamizou e fortaleceu a CIRGL, para fazer face aos desafios da paz, segurança, estabilidade e desenvolvimento da região, com o apoio dos parceiros bilaterais e multilaterais, nomeadamente, o Acto Constitutivo da União Africana, da União Europeia e da Organização das Nações Unidas, cumprindo princípios do Direito Internacional.