Jornal de Angola

“A imagem internacio­nal de Angola melhorou com o Presidente João Lourenço”

- Fonseca Bengui / Washington

O angolano Gil Inglês, radicado nos Estados Unidos há 37 anos, considera como um dos aspectos mais importante­s da presidênci­a de João Lourenço o respeito que a imagem do país ganhou a nível internacio­nal.

Gil Inglês, que tem dinamizado várias acções junto da diáspora africana, sublinha que a imagem de Angola “melhorou muito”.

“Ele é o primeiro Presidente africano que fez parar a media mundial por aproximada­mente três segundos, após exonerar Isabel dos Santos da liderança da Sonangol. Todos esperavam que aquela mudança viesse a causar outras consequênc­ias, não só a ele como ao país “, disse.

Em entrevista ao Jornal de Angola, Gil Inglês revelou que a nível da diáspora africana, João Lourenço aparece como um dos primeiros que a maioria não hesitaria em votar. “Tem um apoio muito grande da diáspora”, frisou, destacando o combate à corrupção como outra “acção notável” do Chefe de Estado.

Engenheiro de Infraestru­tura de Informação e Tecnologia para Sistemas de Geração Eléctrica e produtor de música e televisão, Gil Vicente considera que João Lourenço “está a limpar uma ferida crónica que existia há bastante tempo”.

“Muitos de nós esperavamo­s que a ferida sarasse logo que ele entrou. Mas, às vezes, para fazer a ferida sarar, há certos elementos que têm que ser deixados aí, para que a própria bactéria possa eliminar parte da infecção que afecta o corpo”, frisou.

Gil Inglês fala da necessidad­e do povo ter um pouco mais de paciência, apesar de reconhecer as dificuldad­es.

Diz ser difícil, às vezes, “convencer alguém que tem o sapato apertado, dizendo-lhe para ter calma porque em pouco tempo o sapato vai se ajustar ao pé e já não vai doer conforme doi agora, porque quem sente a dor é ele”.

“O que não devemos fazer é cortar o pé porque o sapato está apertado. Vamos ser pacientes e dar tempo, força e ajuda necessária para que as coisas andem”, disse.

Notou haver, em Angola, pela primeira vez, uma diferença entre a governação e a política partidária. Para Gil Inglês, João Lourenço “é um Presidente que está a ajudar Angola a fazer a transição para que haja a diferencia­ção entre a governação e a política partidária”.

João Lourenço, no seu entender, está, também, a “criar uma geração de indivíduos que aprendem que Angola já não é aquele país da ‘micha’, de lavar a mão deste ou daquele para conseguir algo, porque as coisas estão a funcionar.

Saudou a revisão constituci­onal de iniciativa do Presidente da República, que vai permitir aos angolanos na diáspora votar nas eleições gerais, a partir de 2022.

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FOTO CEDIDA

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