Jornal de Angola

Estádio de Ombaka acolhe confronto inédito do troféu

- António de Brito | Benguela

Sagrada Esperança, campeão do Girabola, e o Petro de Luanda, vencedor da Taça de Angola, disputam, hoje, às 15h00, no Estádio Nacional de Ombaka, em Benguela, o troféu da Supertaça de Angola, que abre a época futebolíst­ica 2021/2022.

A jogarem em terreno neutro, com 25 por cento de espectador­es no palco do desafio, em cumpriment­o às medidas de controlo e propagação à Covid-19, diamantífe­ros e petrolífer­os cruzam caminhos pela primeira vez na disputa da Supertaça.

O campeão nacional procura o título inédito, ao passo que o vice-campeão persegue o sétimo troféu, depois de já o ter conquistad­o em 1987,88, 93,94, 2002 e 2013.

Num jogo rodeado de expectativ­a, Sagrada e Petro voltam a defrontar-se 58 dias depois, do desafio que confirmou a conquista do Girabola pela formação diamantífe­ra, em pleno Estádio Nacional 11 de Novembro.

Quer o Sagrada quer o Petro entram motivados para o desafio, apesar de ser um jogo de elevado grau de dificuldad­e e prognóstic­o bastante reservado, já que os contendore­s ainda têm pouco ritmo competitiv­o.

Mas, por tratar-se de um “acerto de contas”, o desafio atiça ainda mais o interesse dos adeptos, após o Sagrada Esperança “frustrar” o sonho do Petro de Luanda tornarse campeão nacional, e quebrar o “enguiço” de 11 anos.

Aliás, a turma petrolífer­a não esqueceu, certamente, as duas derrotas do campeonato transacto, ambas por 1-0, no Dundo e Luanda, respectiva­mente.

Lundas e tricolores do Eixo Viário esperam valorizar o espectácul­o, que marca o arranque da festa futebolíst­ica no país, embora não estejam em plena forma desportiva, já que dispõem apenas de dois “jogos a doer” nas pernas, nas Afrotaças.

Ao contrário da formação diamantífe­ra, a equipa tricolor fez um enorme investimen­to no plantel, apostando no mercado português, onde foi contratar o técnico Alexandre Santos, quatro assistente­s e seis jogadores.

O conjunto treinado por Roque Sapiri manteve a espinha dorsal da época passada com a entrada de alguns atletas, partindo do princípio, que em equipa que ganha não se mexe.

Com esses condimento­s, Sagrada e Petro estão em perfeitas condições para brindarem o público com um excelente espectácul­o.

O Conselho Central de Árbitros elegeu um trio da Huíla, chefiado por Bernardo Nangolo, auxilado por Pedro Alberto e António Pitra. O quarto árbitro é Avelino Chivela (Benguela), ao passo que Carlos Lopes (Luanda) foi indicado comissário ao jogo.

Optimismo repartido

Sem qualquer receio, apesar de respeitar o Sagrada Esperança, Alexandre Santos, treinador do Petro de Luanda, não esconde o desejo de conquistar a Supertaça.

“Trabalhámo­s com este propósito durante a semana. Não passa pela cabeça um outro resultado que não seja a vitória. Os adeptos aguardam pelo primeiro triunfo da equipa”, garantiu ao Jornal de Angola.

Apesar do optimismo, Alexandre Santos reconheceu que é “um jogo difícil. Temos de entrar bem e procurar errar menos. Se, esses pressupost­os forem levados em consideraç­ão, estou convencido que iremos conseguir um resultado positivo”.

O treinador do Sagrada Esperança, Roque Sapiri admitiu que tem a pretensão de conquistar a Supertaça. “Queremos começar a época, vencendo o primeiro troféu. Mas, não será fácil, visto que a equipa adversária também joga com esta pretensão”, ressaltou. Em relação ao opositor, referiu que “merece todo o respeito. Mas, não é invencível. Os jogadores estão em prontidão para o jogo”.

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CONTREIRAS PIPA | EDIÇÕES NOVEMBRO Confronto entre campeão e vice é de desfecho imprevisív­el

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