Camponeses preparam 500 hectares na Nharea
Sete mil e quinhentas famílias assumem o compromisso de devolver ao município do Bié uma campanha de boas colheitas e superarem os indicadores das épocas anteriores
O município da Nharea, na província do Bié, tem preparados 500 hectares de terra para o ano agrícola 2021/2022, de acordo com números da direcção da Agricultura.
A iniciativa é de agricultores organizados em cooperativas e associações de camponeses, com recurso à mecanização e também de forma tradicional. A campanha agrícola abre a nível da província no dia 18 de Outubro, envolvendo sete mil e 500 famílias camponesas e 425 pequenos agricultores.
Os mesmos têm garantia de assistência do Programa Municipal de Combate à Pobreza e pelo Projecto da Agricultura Familiar e Comercialização (Mosap II).
O director municipal da Agricultura, Pecuária e Pescas, Hélder Huambo, disse ao Jornal de Angola que os camponeses beneficiaram de instrumentos de trabalho da parte do Governo da província, para alargar as áreas de cultivo, visando o fomento da produção e a melhoria das condições de vida das famílias.
A Administração Municipal da Nharea, no âmbito do Programa de Desenvolvimento Local e Combate à Pobreza, distribuiu cabeças de gado bovino de tracção animal, charruas, enxadas, limas, tractores, catanas, fertilizantes e sementes de diversas hortícolas, de acordo com as necessidades de cada camponês.
“Essas acções do Governo contribuirão para a sustentabilidade e auto-suficiência alimentar, pois, com estes meios, as condições estão criadas para o aumento da produção e da produtividade no cultivo de milho, feijão, mandioca, batata-rena, doce, soja, jinguba, café arábica, dentre outros produtos cultivados”, afirmou.
Hélder Huambo sublinhou, igualmente, que estão criadas as condições para o início da campanha que os camponeses esperam dar o melhor de si, no sentido de aumentarem a produção agrícola. A ideia, disse, é colher em grandes quantidades, em relação à safra anterior.
“Os agricultores da Nharea prevêem uma boa colheita de cereais, tubérculos e leguminosas, em comparação com a época passada. Pois, sentimos que os agricultores estão a acatar os nossos conselhos, que consistem no aumento das áreas de cultivo e contribuir para a produção em grande escala, para dar resposta ao programa do Executivo de Combate à Fome e à Pobreza, assim como na diversificação da economia nacional”, afirmou.