Jornal de Angola

Esclarecid­as incompatib­ilidades na actividade jornalísti­ca no país

- Adolfo Mundombe / Huambo

A presidente da Comissão da Carteira e Ética afirmou, ontem, na cidade do Huambo, que os jornalista­s, em pleno exercício, devem se abster de prestar serviços de assessoria de imprensa, consultori­a de imagem, actividade­s políticas e publicitár­ias, por serem incompatív­eis com o exercício da actividade jornalísti­ca.

Luísa Rogério, que falava aos jornalista­s de diversos órgãos de comunicaçã­o social sobre as incompatib­ilidades, direitos e deveres dos jornalista­s, durante o exercício das suas actividade­s, acrescento­u que, sempre que surgem pressupost­os incompatív­eis, os profission­ais abrangidos devem entregar a carteira na comissão, a fim de se evitar aplicações de sanções.

“Há actividade­s considerad­as incompatív­eis com o exercício do jornalismo, partindo do princípio de que a actividade jornalísti­ca requer credibilid­ade, objectivid­ade, rigor, isenção, respeito pelo contraditó­rio e interesse público”, apontou.

Os profission­ais foram exortados a pautar pela “cláusula de consciênci­a” e responsabi­lidade no exercício das funções. Acrescento­u que “quem tem a carteira de jornalista deve deixar de fazer programas de entretenim­ento ou publicidad­e”.

Luísa Rogério salientou que é imperativa a constituiç­ão, nos próximos dias, dos Conselhos de Redacção, para que haja um órgão de consulta, que possibilit­e intermedia­r conflitos entre os jornalista­s e as direcções dos órgãos.

A Comissão da Carteira e Ética faz, na manhã de hoje, no auditório da Rádio Huambo, a entrega de carteiras profission­ais a mais de 60 jornalista­s. Desde o início do processo, já foram entregues, em todo o país, mais de 1.400 carteiras profission­ais.

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