Envio de aviões chineses a Taiwan reacende conflito
Os Estados Unidos dizem estar “muito preocupados” com o que classificam como “acções provocatórias” da China em relação a Taiwan, depois de, nos últimos dias, quase cem aviões militares chineses terem entrado no espaço aéreo da ilha.
A posição norte-americana foi reforçada, segunda-feira, pela Casa Branca. “Exortamos Pequim a que cesse a pressão e coerção militar, diplomática e económica contra Taiwan. Temos um interesse permanente na paz e estabilidade em todo o Estreito. É por isso que vamos continuar a ajudar Taiwan a manter uma capacidade suficiente de autodefesa”, afirmou a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki.
No Twitter, o Ministério taiwanês dos Negócios Estrangeiros congratulou-se com o apoio de Washington. Taiwan afirmou, recentemente, que a China está a preparar um ataque militar à ilha e assegurou que vai defender-se.
Numa entrevista a uma televisão britânica, Joseph Wu havia garantido que o Governo de Taipé iria investir nas forças militares de modo a poder garantir a independência.
Avisou, na altura, a comunidade internacional das potenciais consequências globais, caso Taiwan fosse dominada pela China.
Wu garantiu que “a China tem levado a cabo campanhas de desinformação, guerra híbrida e, recentemente, aumentaram as suas actividades na “zona cinzenta” contra Taiwan. Parece estar a prepararse para o seu último ataque militar contra o nosso país”.
O chefe da diplomacia taiwanesa frisou que estão determinados a defenderemse e para isso vão investir nas forças militares, “especialmente no tipo de guerra assimétrica, para dissuadir os chineses de pensarem em usar a força militar contra Taiwan”.
Nos últimos dias, têm sido realizados testes de 24 horas consecutivas para testar as capacidades de Taiwan de repelir ataques inimigos. A China insiste que a ilha faz parte do seu território e ameaça a reunificação pela força.