Sons da lusofonia “invadem” recinto da Expo
O “Lusofonia Festival” que se realiza entre os dias 14 e 16 deste mês, no palco do Isha Prayer Time, na Expo Dubai 2020, com a actuação de músicos dos países de Língua Portuguesa, com destaque para a cantora angolana Ary, é um dos momentos ímpares da divulgação da cultura lusófona.
Angola vai participar no festival, além de Ary, com os músicos Calabeto, Daniel Nascimento, Marília Alberto, Nanutu e Nelo Carvalho. A caravana artística nacional inclui ainda os artistas plásticos Guilherme Mampuya e Andreia Gambôa.
A participação angolana no “Lusofonia Festival” vai ser, ainda, enriquecida pelo elenco artístico residente no pavilhão de Angola na
Expo Dubai, nomeadamente a banda Ngola, o Duo Angola Classical, Gelson Castro, Heróide, Kina ku Moxi e Sara Saka.
Durante os três dias de festival, além dos angolanos, vão desfilar no palco do Isha Prayer Time, o cabo-verdiano Tito Paris, o grupo vocal feminino português Sopa de Pedra e o fadista Marco Rodrigues, o grupo de Danças Ocultas, de Portugal, o General João Seria e o duo Filipe Santo & Olinda Beja, de São Tomé e Príncipe, Jomalu, de Moçambique, o trio Guiné-bissau, formado por Patchi Di Rima, Rui Sangará e Atanásio Hatchuen, e a banda Cores de Aidê, do Brasil.
Os artistas plásticos angolanos Guilherme Mampuya e Andreia Gambôa vão mostrar criatividade, pintando ao vivo, desde o início até ao fim dos espectáculos.
De acordo com Kayaya Júnior, da organização, a participação angolana na “Lusofonia Festival” vem reforçar o princípio da irmandade e fraternidade entre os países de Língua Portuguesa, homenageando, igualmente, os 25 anos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), no ano em que Angola assume a presidência.
Para Kayaya Júnior, o festival é mais um contributo para a divulgação deste idioma, aparentemente desconhecido, mas falado na Europa, África, América e Ásia, constituindo verdadeiras pontes de união entre estes povos.
“A Língua Portuguesa tem sido um factor de unidade nos países onde é adoptada como língua oficial, independentemente dos diferentes idiomas nacionais já existentes e que continuam a desenvolver-se como um excelente património cultural”, disse, acrescentando que “Amílcar Cabral, um valoroso intelectual africano, considerou a Língua Portuguesa como das melhores heranças deixadas pelo colonizador, ao permitir não só a comunicação entre grupos étnicos diferentes, mas ao mesmo tempo facilitar a unificação do ensino”.
A Expo Dubai, continuou Kayaya Júnior, pretende ser uma plataforma internacional para a promoção da criatividade, inovação e cooperação a nível global, facilitando, desta forma, o intercâmbio de ideias e de culturas.
Um total de 192 países e dezenasdeorganizaçõeseinstituições internacionais participam na Expo, que decorre até 31 de Março de 2022, sob o tema geral “Conectando Mentes, Crian-do o Futuro”.