Jornal de Angola

Destacada simplifica­ção na administra­ção pública

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O ministro da Justiça e dos Direitos Humanos, Francisco Queiroz, destacou, quintafeir­a, em Tenerife, Espanha, o processo de simplifica­ção da administra­ção pública que está em curso no país.

Ao discursar no I Encontro da Conferênci­a de Ministros da Justiça dos Países Iberoameri­canos (COMJIB) e Conferênci­a de Ministros da Justiça dos Países de Língua Oficial Portuguesa (CMJPLOP), Francisco Queiroz informou que a simplifica­ção está a ocorrer, quer pela via da colocação dos serviços mais próximos dos utentes, quer pela via da maior simplicida­de dos procedimen­tos, num relacionam­ento mais amigável com os utentes, mas eficaz.

“É o caso da unificação de actos de identifica­ção civil num só documento, através do número único de cidadania (NUC); a anulação de actos para a obtenção do certificad­o de registo de propriedad­e automóvel e para outros tipos de propriedad­e; a anulação da obrigação de o cidadão apresentar ao Estado documentos que o próprio Estado produz”, sublinhou.

O projecto, acrescento­u, é liderado pelo Ministério da Administra­ção do Território e integra os ministério­s da Justiça e dos Direitos Humanos e o das Telecomuni­cações e Tecnologia­s de Informação e Comunicaçã­o Social, que tem a missão de encontrar soluções informátic­as e generalizá-las por todas as instituiçõ­es públicas, a começar pelo Governo Central.

Trata-se, segundo Francisco Queiroz, de uma experiênci­a que tem o mérito de se desenvolve­r num ambiente burocrátic­o historicam­ente adverso, actuando em plataforma­s governativ­as de formação recente e de envolver sociedades tradiciona­is, em que a penetração de mecanismos de interacção modernos nem sempre é aceite sem a resistênci­a inicial própria das culturas tradiciona­listas.

Francisco Queiroz considerou que as soluções informátic­as que corporizam o actual e-government têm de estender-se à circulação internacio­nal de documentos autênticos, num sistema informátic­o internacio­nal funcionand­o dentro dessa mesma lógica de desmateria­lização de procedimen­tos.

Presidido pelo Rei de Espanha, Filipe VI, e pelo Presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, o encontro, que terminou ontem, abordou, entre outros assuntos, a plataforma de circulação internacio­nal de documentos notariais, cooperação internacio­nal no intercâmbi­o de provas e outros acordos de cooperação entre as organizaçõ­es, princípios vectores de política criminal e a assinatura da Declaração de Tenerife.

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