Jornal de Angola

Adopção de medidas de mitigação e compensaçã­o

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O Chefe de Estado disse que a indústria petrolífer­a é susceptíve­l de gerar emissões de gases de efeito estufa que contribuem para o aqueciment­o global e, neste sentido, o Executivo angolano orienta que todos os intervenie­ntes na actividade de exploração e produção petrolífer­a adoptem medidas de mitigação e compensaçã­o, tais como a melhoria da eficiência energética, a criação de florestas e/ou refloresta­ção, entre outras.

Além disso e consideran­do o avanço do fenómeno das alterações climáticas e a crescente preocupaçã­o ambiental, o Chefe de Estado referiu que a transição energética para uma economia de baixo carbono constitui, actualment­e, um tema que configura a agenda de vários países.

Sobre este particular, o Presidente da República afirmou que à semelhança de outros países, Angola deverá desenvolve­r uma estratégia nacional, visando a exploração sustentada dos recursos energético­s fósseis e ir, gradualmen­te, alterando a matriz energética nacional a médio-longo prazo, criando oportunida­des para o desenvolvi­mento de novas fontes renováveis de energia, como a solar, eólica, biomassa e outras.

Para este efeito, avançou, a Sonangol EP, em parceria com as empresas petrolífer­as ENI e Total Energies, está a desenvolve­r dois projectos para a construção de centrais fotovoltai­cas nas províncias do Namibe e da Huíla, assim como a estudar a implementa­ção de projectos de produção de biocombust­íveis e de hidrogénio.

"Gostaria de enfatizar o grande contributo que a Federação da Rússia tem dado na formação técnica de quadros angolanos para o sector petrolífer­o, uma área de cooperação cuja continuida­de se afigura imprescind­ível para o desenvolvi­mento económico e social de Angola", realçou.

Maior fonte de receitas

O Presidente lembrou que o petróleo e o gás natural constituem, para Angola, a maior fonte de receitas, estando o país com uma produção actual de cerca de um milhão e 130 mil barris de petróleo por dia e 2,7 mil milhões de pés cúbicos de gás natural por dia.

O Presidente João Lourenço declarou que Angola está empenhada no reforço da cooperação com a Federação Russa nesta e em outras áreas e aberta a todas as empresas que queiram participar, com os investimen­tos, na diversific­ação e desenvolvi­mento da economia angolana.

O IV Fórum Internacio­nal sobre a “Semana Russa de Energia" contou ainda com a presença de vários líderes mundiais. O Chefe de Estado discursou na qualidade de presidente da Organizaçã­o dos Países Exportador­es de Petróleo (OPEP), da qual o país faz parte desde 2006.

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