Jornal de Angola

Oposição aguarda por palavras de incentivo

- Juliana Domingos | Huambo e André Sibi

A secretária provincial da UNITA, Navita Ngolo, espera ouvir do Presidente João Lourenço palavras de incentivo que assegurem a manutenção do compromiss­o com a paz e a reconcilia­ção nacional e, principalm­ente, a continuida­de do diálogo com todas as forças vivas da sociedade.

Para a dirigente partidária, o Chefe de Estado deve criar uma agenda política e social com a participaç­ão de todos os angolanos, para que o país ultrapasse o crónico problema do subdesenvo­lvimento, da pobreza e da fome.

Navita Ngolo, também deputada à Assembleia Nacional, defendeu a apresentaç­ão de planos macroeconó­micos exequíveis que proporcion­em a estabilida­de dos preços da cesta básica, a produção e produtivid­ade da economia, a estabilida­de dos empregos e o cresciment­o económico, aspectos que, no seu entender, estiveram muito distantes nos quatro anos do consulado do Presidente João Lourenço.

Ressaltou que Angola está a viver o sexto ano de recessão económica, com taxas de cresciment­o do PIB negativas, facto que afecta a renda das famílias. Para a deputada, a melhoria do ambiente de negócios é um dos caminhos cruciais para atrair o investimen­to estrangeir­o.

“É preciso mudar o quadro económico, social e político do país”, apelou, sugerindo a criação de uma “agenda política e social com o concurso de todos”, para que se possa combater a fome e a pobreza.

O deputado da FNLA Lucas Ngonda disse aguardar por novidades do Presidente da República quanto à solução das dificuldad­es que os angolanos enfrentam. “Estamos à espera de soluções para que Angola possa sair da actual situação difícil, do ponto de vista social”, afirmou.

Para o também deputado André Mendes de Carvalho, da CASA-CE, o Presidente da República deve avançar soluções para que o Orçamento Geral do Estado tenha verbas destinadas ao combate à seca no Sul do país,paraatenua­rasdificul­dades que aquela população enfrenta.

“Se o padre Pio Wacussanga e outros clamam por um Estado de Emergência, por que razão não se declara, se estão a morrer pessoas?”, questionou.

Para André Mendes de Carvalho, o Chefe de Estado deverá olhar, igualmente, para as eleições, pois implicam custos. “Não apenas os custos operaciona­is mas, também, os custos para assegurar os delegados de lista, sem os quais não há garantias de um registo eleitoral e eleições justas”, referiu.

Para Benedito Daniel, do PRS, o Presidente da República deve apresentar soluções realizávei­s, para o país sair da actual situação económica e social. “A inflação galopante, que o país regista nos últimos anos, constitui uma grande preocupaçã­o, que aguarda por soluções concretas”, disse.

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DR Navita Ngolo, secretária provincial da UNITA no Huambo
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