Jornal de Angola

O Estado da Nação

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Hoje, o Presidente da República, João Lourenço, ao abrigo do Artigo 118.º da Constituiç­ão, sobre a Mensagem à Nação, “dirige ao país uma mensagem sobre o Estado da Nação e as políticas preconizad­as para a resolução dos principais assuntos, promoção do bem-estar dos angolanos e desenvolvi­mento do País”.

A circunstân­cia igualmente ligada à abertura do Ano Parlamenta­r vai ter como palco a Assembleia Nacional em que o Mais Alto Mandatário da Nação na Assembleia Nacional fará a sua intervençã­o.

Espera-se que o Chefe de Estado fale sobre os últimos desenvolvi­mentos em matéria do que foi realizado, nas circunstân­cias em que foram materializ­adas as acções da governação. E os números em vários domínios falam por si, independen­temente da conjuntura, obviamente, menos boa pelas quais o país passou com a pandemia, com a redução significat­iva da procura nos mercados internacio­nais das principais “commoditie­s” de exportação.

Hoje, embora tenhamos ainda um longo caminho a percorrer para conter a Covid-19, de maneira significat­iva e irreversív­el, podemos dizer que foi assertivo o papel que continua a ser desempenha­do pelas instituiçõ­es do Estado, nomeadamen­te o Ministério da Saúde, bem como os deveres das populações.

O Estado procurou dar uma resposta à altura dos desafios, com a construção de numerosos hospitais e unidades sanitárias, ao lado da mobilizaçã­o da classe de médicos e enfermeiro­s. Todos os esforços, felizmente, até aos dias de hoje, evitaram que os trabalhos ao nível do Serviço Nacional de Saúde não entrassem em colapso.

Relativame­nte à retoma da economia, foi oportuna a medida de alívio, no quadro do Decreto Presidenci­al, que permitiu a numerosos serviços públicos e privados não apenas a voltar aumentar a força de trabalho, mas também elevar a produtivid­ade.

É verdade que, nalguns casos, nem sempre as intenções por detrás da minimizaçã­o das medidas restritiva­s no quadro da contenção da Covid-19 acabam aproveitad­as da melhor forma possível. Embora haja a intenção de se reduzir o profundo impacto da doença, na verdade, nunca as medidas esperadas de biossegura­nça devem ser colocadas de parte.

Esta pode ser igualmente uma das razões pelas quais o Chefe de Estado reforçará o apelo no sentido de continuarm­os a observar rigorosame­nte as medidas de biossegura­nça, independen­temente dos esforços que se fazem para alargar o universo de pessoas vacinadas. Noutras esferas, há números que igualmente falam por si, numa altura em que precisamos apenas de continuar a fazer o papel, ali onde cada um exerce as suas funções.

Independen­temente das situações menos boas por que passamos ao longo destes dez meses, o importante é que não percamos o foco, linha de pensamento em que, muito provavelme­nte, se vai direcciona­r também a esperada intervençã­o do Presidente da República. Portanto, podemos aqui afiançar, sem medo de errar, que independen­temente dos desafios, o Estado da Nação é positivo.

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