Jornal de Angola

Primeiro-ministro anuncia dissolução da Câmara Baixa

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O novo Primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, dissolveu, ontem, a Câmara Baixa do Parlamento, abrindo caminho à realização de eleições legislativ­as, durante as quais tentará revalidar o cargo assumido após a renúncia do antecessor.

“Temos de enfrentar o julgamento dos cidadãos”, disse aos jornalista­s Kishida, do Partido Liberal Democrátic­o (PLD), em entrevista na manhã de ontem.

Após a dissolução da Câmara Baixa do Parlamento, cuja legislatur­a, de quatro anos, deveria terminar a 21 deste mês, as eleições no arquipélag­o realizam-se no dia 31.

Esta é a primeira vez desde o pós-guerra que o país convoca eleições legislativ­as tão próximas do fim do mandato do Parlamento. O período entre a dissolução e a votação, de apenas duas semanas, é o mais curto desde o fim da Segunda Guerra Mundial.

Após a demissão de Yoshihide Suga, que ocorreu durante a pior vaga da pandemia no Japão, a corrida interna à liderança do PLD levou à eleição do novo presidente, Kishida, em 29 de Setembro, que tomou posse como Primeiro-ministro no passado dia 4.

Yoshihide Suga, de 72 anos, chegou ao poder em Setembro passado para substituir Shinzo Abe, forçado a demitir-se por razões de saúde.

A popularida­de de Suga desceu a pique durante o seu curto mandato, de apenas um ano, devido à gestão da crise sanitária no Japão e da decisão de realizar os Jogos Olímpicos e Paralímpic­os em Tóquio, este Verão, contra a vontade da maioria da opinião pública japonesa.

Os japoneses irão às urnas numa altura em que o país já superou a pior vaga de infecções, com uma taxa de vacinação superior a 65 por cento da população.

No discurso de tomada de posse, Kishida afirmou que tinha como principal objectivo a resposta à crise provocada pela pandemia e a revitaliza­ção da economia japonesa, prometendo promover aquilo a que chamou um “novo capitalism­o”, para reforçar a classe média, com possíveis aumentos salariais e impostos mais elevados para as empresas.

No entanto, o novo Primeiro-ministro japonês recuou em relação a estas medidas nos últimos dias.

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