Covid-19 absorve fundos de responsabilidade social
O orçamento de responsabilidade social da Sonangol relativo ao ano de 2020 foi empregue na montagem do hospital de rastreio e tratamento da Covid-19, em Junho daquele ano aberto no Quilómetro 27, em Luanda, bem como em material e medidas de biosegurança, de acordo com informações avançadas pelo administrador executivo da companhia Baltazar Miguel.
Em declarações proferidas, ontem, ao programa “Ngol”, que a companhia difunde no Canal A da Rádio Nacional de Angola (RNA), Baltazar Miguel afirmou que, no ano passado, os gastos da rubrica inscrita nas contas como “Responsabilidade Social e Confraternizações” fazem referência “única e exclusivamente aos custos de responsabilidade social incorridos pela empresa, principalmente com a montagem da unidade hospitalar no Quilómetro 27”.
O responsável acrescentou que a componente das confraternizações não foi considerada em 2020, nem mesmo a passagem do 45º aniversário da companhia que, naquele ano, reduziu os custos em 21 por cento, no equivalente a 1,4 mil milhões de kwanzas.
Só os custos com o pessoal, que para o rácio de conversão de ganhos e perdas são calculados com a taxa de câmbio média, registaram um corte de 18 por cento, de acordo com os dados apresentados pelo administrador, que anunciou estar em curso uma inversão dos resultados, com perspectivas animadoras para este ano, quando se prevê o alcance os objectivos do grupo em eficiência e em volume de vendas.
Segundo números avançados ao programa, no fim do primeiro semestre a companhia já tinha alcançado 70 por cento das projecções, algo favorecido pela redução de custos, melhoria do desempenho e a recuperação dos preços do petróleo, que voltaram a situar-se nos níveis de 2018 e 2019, em 66 dólares, nos primeiro seis meses do ano.