Jornal de Angola

“Investimen­to colossal” para o sector da Saúde

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da República anunciou, ontem, que o Executivo está a fazer um “investimen­to colossal” no sector da Saúde, anunciando, para o próximo ano, o início das obras de seis novos hospitais, nomeadamen­te, em Viana e Cacuaco (província de Luanda), Cunene, Ndalatando (Cuanza-norte), Sumbe (Cuanza-sul) e Caxito (no Bengo).

João Lourenço adiantou que cada hospital terá, pelo menos, capacidade para 200 camas. “Hoje, mais do que nunca, estamos a reforçar os cuidados primários de saúde e a aumentar o acesso da população aos médicos de família nos municípios”, disse, ainda, o Titular do Poder Executivo, acrescenta­ndo que estão a ser mobilizado­s recursos financeiro­s de linhas de crédito, para a construção dos hospitais da Catumbela, Bailundo, Dundo, Malanje e Uíge, a reabilitaç­ão e ampliação do Hospital Américo Boavida, em Luanda, e a conclusão do Hospital Geral de Mbanza Congo, no Zaire.

“Com este investimen­to colossal em infra-estruturas de saúde a este nível central e provincial, que poderá ficar concluído entre 2023 e 2024, a nossa perspectiv­a é passar para a fase seguinte, investindo em unidades menores de proximidad­e, na rede de cuidados

O Presidente

primários de saúde, no município e no bairro”, disse.

O Presidente da República destacou, também, o empenho do Governo no combate aos efeitos da seca, com vários projectos em curso, incluindo as barragens do N´due e Caluqueve, na bacia do rio Cuvelai, cuja conclusão, no prazo de dois anos, “resolverá, em termos muito significat­ivos, o problema da falta de água no Cunene”

João Lourenço assinalou que, além da pandemia da Covid-19, as calamidade­s naturais que assolaram o país agravaram o nível de vulnerabil­idade das populações, com destaque para o fenómeno da seca na região Sul do país, com maior incidência nas províncias do Cunene, Namibe, Huíla e Cuando Cubango.

O executivo acudiu “de maneira emergencia­l à situação da seca no Sul de Angola, com um apoio em bens alimentare­s de cerca de 2.120 toneladas, que beneficiar­am a mais de 778.867 famílias”, enunciou.

A estiagem registada entre os meses de Setembro de 2020 e Fevereiro de 2021, afectou as culturas e causou a morte de animais, principalm­ente na região Centro e Sul do país, estimando-se que tenha afectado, de forma directa, cerca de 945.244 famílias camponesas.

João Lourenço falou, também, sobre os programas que o Executivo tem desenvolvi­do para reduzir a pobreza, como o Kwenda, cuja execução permitiu, até agora, o registo de 414.285 agregados familiares, do total de 1.608.000 famílias, que recebem uma renda trimestral de 25.500 kwanzas por família (36 euros).

Educação

O Presidente da República disse que o Executivo está a desenvolve­r acções estruturan­tes que visam promover a melhoria da qualidade do ensino em todo o país.

Os resultados das acções do Executivo no último ano, disse, confirmam e reforçam o compromiss­o com a melhoria da investigaç­ão científica, como é o caso da recente criação da Fundação para o Desenvolvi­mento Científico e Tecnológic­o, “que acolhe uma antiga e legítima aspiração dos académicos, investigad­ores e estudantes do ensino superior, para o fortalecim­ento das instituiçõ­es que se dedicam à Investigaç­ão e Desenvolvi­mento”.

Esta Fundação, referiu, tem a missão de gerir o orçamento que lhe é atribuído pelo Estado e captar financiame­ntos extra Orçamento Geral do Estado, para o desenvolvi­mento da investigaç­ão científica no país.

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