Jornal de Angola

Livraria quer que os livros passem a ser objectos de prescrição médica

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A administra­ção da Livraria Lello, no Porto (Portugal), enviou uma carta aberta aos líderes parlamenta­res e deputados da Assembleia da República a apelar que os livros passem a ser “objectos de prescrição médica” e “tratados fiscalment­e como despesa de saúde”.

Em comunicado, a administra­ção da Livraria Lello revela que a missiva apela para que a receita de livros seja tratada como despesa de saúde e que a medida seja incluída no Orçamento Geral do Estado de 2022, cuja proposta foi entregue na segunda-feira, na Assembleia da República.

“Para o bem-estar mental, intelectua­l e anímico, precisamos do que sempre a humanidade precisou para estar bem consigo e, logo a seguir, querer ir além do que é: o Livro”, defende a administra­ção.

Sob o lema “Um Livro, pela sua Saúde”, na carta, a que a Lusa teve acesso, a administra­ção daquele espaço diz não querer que o “fim anunciado da pandemia” signifique “o fim do olhar para o livro como bem de primeira necessidad­e”.

Salientand­o que “nunca, como agora, se discutiu tanto a saúde mental”, a missiva defende que os livros são “um alicerce insubstitu­ível de sanidade mental”.

“Numa altura em que se discutem ideias para o Orçamento Geral do Estado para 2022 a Livraria Lello apela publicamen­te aos políticos e à Assembleia da República que permitam que os médicos portuguese­s receitem, sempre que o entendam útil à saúde mental dos seus pacientes, o singelo Livro”, referem.

“Para o bemestar mental, intelectua­l e anímico, precisamos do que sempre a humanidade precisou para estar bem consigo e, logo a seguir, querer ir além do que é: o Livro”, defende a administra­ção

Apontando o exemplo de Bruxelas, onde se está a ultimar a implementa­ção de uma medida que vai permitir aos médicos receitarem visitas guiadas a museus para combater o stress agravado pela Covid-19, a administra­ção pede na carta aberta para que a receita possa ser fiscalment­e tratada como “despesa de saúde”.

“Consideran­do-a também como dedutível nas despesas de saúde em sede de IRS e compartici­pando a aquisição do livro como medicament­o para alma que é e sempre foi”, acrescenta­m.

Para além do envio da missiva aos líderes dos grupos parlamenta­res, a carta aberta foi também enviada para várias personalid­ades da área da cultura.

“Estando o país em período prévio de negociação e votação orçamentai­s, a Livraria Lello acredita que esta é uma oportunida­de imperdível para os deputados que nos representa­m dizerem aos cidadãos como efectivame­nte se preocupam com a sua saúde mental, e que o Livro, além de um bem de primeiríss­ima necessidad­e, é também um bem de primeiríss­ima sanidade”, afirma.

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