Angolanos no Rundu estão a tratar o BI
Os cidadãos angolanos residentes no Rundu (Namíbia) estão a tratar, desde sextafeira, o Bilhete de Identidade (BI), no Consulado Geral de Angola nessa cidade.
Além da atribuição do BI, o Consulado Geral, que tem cadastrado na sua base de dados mais de 19 mil cidadãos angolanos, também vai realizar uma campanha de massificação do registo civil, refere uma nota enviada ao Jornal de Angola.
De acordo ainda com o mesmo documento, os novos serviços de identificação já podem ser realizados, também, nas regiões do Kavango Este e Zambeze, tal como nas cidades de Otavi e Grootfontein.
Com esse acto, fica completo o processo de emissão do BI na Namíbia, porquanto os consulados de Windhoek e Oshakaty já atribuem o documento, desde 2020.
O cônsul-geral de Angola no Rundu, Oliveira Francisco Guilherme, exortou os angolanos a actualizarem os documentos, para evitarem a violação das leis migratórias da Namíbia. Apelou, igualmente, à sua participação nas eleições gerais de 2022, nas quais, pela primeira vez, os angolanos no exterior do país já poderão participar.
Exortou à adesão ao processo de Registo Eleitoral Oficioso que, na diáspora, vai decorrer entre Janeiro e Marco do próximo ano.
Voto na diáspora
Uma das novidades nas próximas eleições gerais, é o facto de os angolanos no estrangeiro poderem votar. Isso vai ser possível com a revisão pontual efectuada à Constituição de República.
Com efeito, nos países onde há uma comunidade angolana considerável estão a criar as condições para os eleitores possam exercer o seu direito.
Em entrevista recente ao Jornal de Angola, à propósito da possibilidade de os angolanos no estrangeiro votarem, o constitucionalista Albano Pedro disse tratar-se de uma “recuperação bondosa” daquilo que já tinha sido previsto na Lei Constitucional de 1992 e que, por razões de "mera ponderação política”, deixou de ser viabilizado.