Jornal de Angola

Mercadão expõe produtos para a cesta básica

Até ontem mais de oito mil visitantes puderam encontrar no evento diversos produtos e animais

- Maximiano Filipe | Benguela

A vice-governador­a de Benguela para o Sector Político, Social e Económico, Lídia Amaro, exortou a sociedade da província no sentido de transforma­r os produtos do campo em cesta básica, para o benefício das famílias.

O apelo foi feito na véspera do acto de abertura da 4ª Edição da Feira Agropecuár­ia e Pescas, denominado o Mercadão, em alusão ao dia Internacio­nal da Mulher Rural, e da Alimentaçã­o.

Segundo Lidia Amaro, a mulher benguelens­e é criativa e inovadora, e é com este espírito que deve continuar a trazer à mesa das famílias bens que resultam da sua actividade agrícola, mediante um processo de transforma­ção.

O processo, disse, implica que, por meio da sua capacidade de transforma­r a batatadoce, a abóbora, e outros, em cereais e outros bens, assim como, as frutas, em sumos naturais, para serem comerciali­zados em Instituiçõ­es de ensino, como merenda escolar e comércio em geral.

A insuficiên­cia de insumos agrícolas, a mecanizaçã­o, adicionado aos problemas de acesso a terras, financiame­nto bancário e alfabetiza­ção, entre outros, são situações constrange­doras que, em certas épocas agrícolas, têm retardado o processo do cultivo dos campos.

Por esta razão, disse, são situações que representa­m prioridade­s para o Governo de Benguela, que tem estado a desenvolve­r um conjunto de iniciativa­s, visando o empoderame­nto e apoio às cooperativ­as agrícolas e inclusão financeira.

Na base de um programa específico, já foi possível beneficiar 38 mulheres, com um apoio do Fundo Activo de Capitais de Risco Angolano, orçado em, aproximada­mente, 17 milhões de kwanzas.

Salientou, também, que mais de 15 cooperativ­as de mulheres camponesas, beneficiar­am também de um investimen­to de mais de 400 milhões de kwanzas, com o qual praticam a agricultur­a do milho, feijão, mandioca, batata-doce, banana e hortícolas.

Acrescento­uquesevait­ornar célere o processo de produção, transforma­ção, comerciali­zação e consumo, de forma que, cada um desses sectores, possa acolher mulheres que vão sendo também geradoras de receitas, para sair do mercado informal para o formal e ter facilidade de acesso ao financiame­nto por via da banca.

Lidia Amaro apelou para que todos reflictam sobre políticas e práticas que garantam melhor segurança alimentar, redução da má-nutrição e evitar desperdíci­os, face à prática da agricultur­a orgânica.

Apoios

Explicou que o Mercadão é uma iniciativa original dos produtores e cooperativ­as do Cavaco, criadores de gado, com o apoio técnico do Instituto Nacional de Apoio às Pequenas e Médias Empresas, INAPEM, Sector da Agricultur­a, Administra­ção de Benguela, em coordenaçã­o com o Governo local.

O evento representa uma mostra do agronegóci­o, que deve servir de troca de experiênci­a entre os produtores e a população em geral e melhor distribuiç­ão dos produtos para outros mercados de maior procura.

O evento decorre na Escola de Ensino Especial e conta com 120 expositore­s dos diferentes ramos do Sector Agropecuár­io e Pescas, dos municípios do Bocoio, Catumbela, Lobito, Benguela, Baía Farta, Chongorói, Caimbambo, Cubal e Ganda.

Mais de oito mil visitantes puderam encontrar, até ontem, diversos produtos e animais, a preços acessíveis, desde a mandioca, batata doce e rena, ginguba, cana-de-açúcar, ananás, abóbora, banana, milho, massambala, feijão, peixe fresco e seco, mariscos, iodizados entre outros.

Evento conta com expositore­s do Sector Agropecuár­io e Pescas dos municípios do Bocoio, Catumbela, Lobito, Baía Farta, Chongorói, Caimbambo, Ganda e Cubal.

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MAXIMIANO FILIPE | EDIÇÕES NOVEMBRO Mulheres benguelens­es participam activament­e na venda e produção agropecuár­ia

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