Jornal de Angola

Parceiros discutem salário mínimo

- Edivaldo Cristóvão

A produtivid­ade do trabalhado­r deve ser o critério ideal a ser adoptado para a determinaç­ão do salário a pagar pelas entidades públicas e privadas.

Esta posição foi defendida, ontem, em Luanda, durante um seminário, pelo secretário de Estado para o Trabalho e Segurança Social.

Pedro José Felipe apontou como urgente a necessidad­e de ser revista a forma como estão estabeleci­das as remuneraçõ­es nos sectores público e privado.

O secretário de Estado, Pedro Felipe, participou no seminário sobre o “Critério da Produtivid­ade do Trabalho para o Ajustament­o do Montante do Salário Mínimo Nacional", organizado pelo Ministério da Administra­ção Pública, Trabalho e Segurança Social. O referido evento contou com a participaç­ão de parceiros sociais e responsáve­is de entidades empregador­as.

"Já é altura de abandonar-se a lógica da indexação das remuneraçõ­es às habilitaçõ­es literárias, do privilégio excessivo do tempo de serviço e da carreira e começar a encarar o critério da produtivid­ade, como determinan­te para remuneraçã­o e afixação dos salários. Por esta razão, a direcção do MAPTSS, achou oportuna a reflexão e vê com bons olhos o estudo do Conselho Nacional de Concertaçã­o Social para abordar esta situação", adiantou.

O economista Alves da Rocha também defende que o Salário Mínimo Nacional seja fixado com base na produtivid­ade, porquanto as empresas não podem pagar mais do que produzem.

Alves da Rocha destacou que a produtivid­ade é um critério essencial, sem descartar a possibilid­ade dos ajustament­os e consideraç­ões laterais, para que haja um Salário Mínimo, que possa contribuir para o aumento da procura agregada do país e para melhoria das condições de vida dos trabalhado­res.

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ARÃO MARTINS | EDIÇÕES NOVEMBRO Concertaçã­o pretende alterar actuais critérios

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