Detidos dois funcionários da Caixa Social das FAA

Dois funcionários da Caixa Social das Forças Armadas Angolanas (FAA) e igual número de pensionistas falsos foram detidos pelo Serviço de Investigação Criminal (SIC), no passado dia 25, na cidade de Menongue, província do Cuando Cubango, sob suspeita de corrupção e falsificação de documentos.

O porta-voz do SIC, Paulo Dias de Novais, disse, ontem, ao Jornal de Angola, que os dois funcionários cobravam 50 mil kwanzas para inserir cidadãos na Caixa Social das FAA, de forma irregular, para beneficiarem de subsídio mensal.

Referiu que um dos funcionários é responsável na Caixa Social das FAA no Cuando Cubango, na área de cadastramento de pessoal, e outro é técnico de base, que servia como intermediário na recepção dos documentos e valores aos cidadãos interessados.

Salientou que a detenção foi possível graças ao recadastramento que está a decorrer na Caixa Social das FAA na província, onde foram detectados os dois falsos pensionistas, que nunca foram militares e tentavam fazer a prova de vida.

Segundo Paulo Dias de Novais, um dos cidadãos no seu Bilhete de Identidade constava que tinha 76 anos, mas, depois de um trabalho aturado, comprovou-se que tinha apenas 49 anos, ao passo que uma senhora no Bilhete de Identidade tinha 59 anos, mas a sua idade real é 38 anos.

Realçou que estas irregularidades despertaram a atenção dos técnicos da Caixa Social das Forças Armadas Angolanas, vindos de Luanda, que estão a proceder o recadastramento e que, de imediato, avisaram os órgãos de Defesa e Segurança.

Paulo Dias de Novais disse que o SIC, em coordenação com outros órgãos de Defesa e Segurança, está a trabalhar no sentido de deter mais funcionários da Caixa Social das FAA, da Delegação Provincial da Justiça e dos Direitos Humanos e pensionistas fantasmas, envolvidos no esquema.

Recordou que, no mês de Outubro do corrente ano, foi detido um funcionário da Caixa Social das FAA, acusado de associação criminosa, peculato, corrupção passiva e recebimento indevido de vantagens, que está encarcerado na unidade prisional de Menongue.

Sublinhou que o referido funcionário da Caixa Social das FAA comercializava vagas nas patentes de major e capitão, a custo de 500 e 400 mil kwanzas.