Jornal de Angola

Comunidade­s aceitam fim de mutilação genital feminina

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Dezoito comunidade­s da região de Cacheu, Norte da Guiné-bissau, declararam, quartafeir­a, o fim da prática de Mutilação Genital Feminina (MGF) e assumiram o compromiss­o de combater outros fenómenos degradante­s à saúde das jovens, disse à Lusa, fonte oficial. Aissatu Cali Baldé, responsáve­l de comunicaçã­o do Comité Nacional para o Abandono das Práticas Tradiciona­is Nefastas (CNAPN) à saúde da mulher e criança precisou que a organizaçã­o deu início, na terça-feira, a uma nova campanha em que várias comunidade­s guineenses, sobretudo as do interior da Guiné-bissau, vão declarar publicamen­te o compromiss­o de abandonar as práticas como MGF, casamento forçado, casamento precoce ou o impediment­o de escolariza­ção de raparigas.

Por outro lado, oito comunidade­s do sector de Ingoré, juntaram-se, também na quartafeir­a, na aldeia de Sidif Balanta, para o mesmo compromiss­o público perante a presidente do CNAPN, Martliatu Djaló Candé, que prometeu o empenho da instituiçã­o para que “nenhuma menina seja mutilada sexualment­e ou impedida de ir à escola”.

De acordo com a responsáve­l de comunicaçã­o do CNAPN, nos próximos tempos, até Fevereiro de 2022, estão previstas que várias comunidade­s do interior da Guiné-bissau, no Sul, Leste e Centro do país, façam a declaração pública do abandono da MGF e de outras práticas nocivas à saúde das meninas. A MGF é considerad­a crime na Guiné-bissau desde 2011, mas relatos do CNAPN indicam que a prática ainda é feita em várias comunidade­s do país, embora às escondidas.

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