Angola e Namíbia reassentam refugiados
Uma delegação conjunta de Angola e Namíbia reuniu-se, recentemente, para tratar da situação dos 538 ex-refugiados instalados no Campo de Osire, região de Otjozondjupa, a mais de 300 quilómetros de Windhoek.
A embaixadora de Angola naquele país vizinho, Jovelina Imperial e Costa, encabeçou a delegação angolana, enquanto que pela Namíbia esteve o vice ministro dos Assuntos Internos, Imigração e Segurança, Daniel Kashicola.
Jovelina Imperial e Costa chamou atenção dos angolanos, na condição de exrefugiados, da necessidade de se cumprir com as leis do país acolhedor, para que possam ser melhor reintegrados em solo namibiano.
O encontro contou, igualmente, com a presença da representante do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, ACNUR, e técnicos dos três pelouros.
De acordo com uma deliberação do Conselho de Ministros da Namíbia, os angolanos instalados no campo de refugiados serão integrados na sociedade namibiana, visto que os mesmos já não usufruem do estatuto de refugiados, ou deverão regressar ao país de origem.
Instalados desde 1996 no Campo de Osire, esta comunidade teve o seu primeiro processo de reintegração, em solo namibiano, entre 2003 a 2005, em que mil e 200 angolanos foram enquadrados oficialmente na região Norte da Namíbia, com estatuto de residente, ao passo que até ao ano de 2012 mais de mil ex-refugiados retornaram voluntariamente a Angola.
A comissão, composta por Angola, Namíbia e o ACNUR, manifestou a vontade de acompanhar o processo, quer de reintegração em solo namibiano, como o regresso ao país de origem, relembrando que este repatriamento deve ser feito até Dezembro de 2021.