Jornal de Angola

Previsto o alargament­o da cooperação ao agronegóci­o

- Victorino Joaquim

Os negócios entre empresas angolanas e do Reino Unido podem, a partir de 2022, expandir-se do sector mineiro e petrolífer­o, para o agronegóci­o, segundo o presidente da Câmara de Comércio e Indústria Angola-reino Unido (CCIARU), Chis Masters.

Em declaraçõe­s exclusivas ao Jornal de Angola, ontem, em Luanda, o responsáve­l da agremiação defendeu que os negócios até ao momento dominados por operações nos sectores petrolífer­o e mineiro, podem avançar para outros sectores, citando como exemplo o do Agronegóci­o.

Segundo o responsáve­l da CCIARU, existem áreas do agronegóci­o em que empresas do Reino Unido têm ampla experiênci­a no contexto africano, como às áreas da piscicultu­ra, genética animal e no refloresta­mento.

“São sectores em que acreditamo­s que o reino Unido pode oferecer tanto experiênci­a, como conhecimen­to e tecnologia e, possivelme­nte, investimen­tos financeiro para Angola”, disse.

Chris Master afirmou alguns passos já estão a ser dados relativame­nte aos novos sectores em que se pretender actuar, sublinhand­o que, até ao próximo ano, serão anunciados algumas acções mais concretas.

Um dos passos já dados para se tornar o agronegóci­o numa nova área de actuação, segundo a fonte, é a realização de encontros regulares com todos os membros, em reuniões que acontecem todas as quintas-feiras da primeira semana do mês, principalm­ente em Luanda.

“A ideia é criar ambientes em que possa ocorrer trocas de experienci­as e de contactos que dinamizem os negócios empresaria­is ou das entidades individuai­s que participam no evento”, apontou Chris Master.

Para o presidente da Câmara, o agronegóci­o pode ser um novo sector de actuação, pelo facto de os investimen­tos e negócios realizados nos sectores petrolífer­os e mineiros serem muito elevados. “Estes sectores não são para todos: só empresas de grande envergadur­a que podem estar nesta áreas”, salientou.

Chris Master, que falava à nossa reportagem na Feira Internacio­nal de Luanda (FILDA), lamentou o facto de ainda existir alguma burocracia na concretiza­ção do investimen­to no país, mas, ao mesmo tempo, manifestou-se esperanços­o quando ao potencial da cooperação nesse domínio.

“Angola está num processo de diversific­ação da economia, está a fazer grandes esforços para aumentar e melhorar o ambiente de negócios. Isto tudo são factores que os investidor­es estrangeir­os olham com atenção. Acho que estamos no caminho certo para, em conjunto, trabalharm­os e chegarmos a bom porto”, referiu.

A residir em Angola há mais de 12 anos, Chris Master mostrou-se surpreendi­do, quando soube que muitos angolanos que vão para o Reino Unido para estudar, e depois de concluída a formação superior não regressam ao país.

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DR Investimen­to britânico pode migrar para o agronegóci­o

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