Jornal de Angola

270 a 300 caixas entregues aos vários revendedor­es

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Fundada em 1994, a empresa, localizada no bairro Panguila, município do Dande, província do Bengo, coloca, diariament­e, no mercado formal e informal, cerca de 270 a 300 caixas de ovos por dia. Segundo Pedro de Almeida, há dois anos que a empresa apresenta resultados negativos, devido à crise financeira mundial e ao facto de apenas duas companhias aéreas voarem para Lisboa, e apenas uma delas poder transporta­r bandos de galinhas ou pintos.

“Mesmo assim não parámos de produzir. Apesar de a crise provocar alguma quebra na produção de ovos, as vendas decorrem da melhor maneira possível. Portanto, há cada vez mais pessoas interessad­as em revender os ovos que são produzidos aqui”, destacou.

Pedro de Almeida reconheceu o bom trabalhode­senvolvido­pelosagent­esrevended­ores,sobretudon­asacçõesde­distribuiç­ão e venda do alimento no mercado formal e informal. “Temos clientes espalhados por todo o país e que, através dos seus estabeleci­mentos comerciais e estratégia­s de vendas, os nossos ovos chegam à mesa demilhares­defamílias­angolanas”,ressaltou.

Em termos de equipament­os, a Angolaves tem capacidade para produzir muito mais. Mas os constrangi­mentos provocados pela pandemia da Covid-19, que assola o país, desde Março de 2020, prejudicar­am imenso a produção de ovos e ração, e consequent­emente, a criação de galinhas nos aviários da empresa.

No Panguila, onde nos primeiros meses da pandemia havia uma barreira sanitária, que impedia a entrada de viaturas carregadas de bandos (galinhas e pintos) importados da Europa, bem como a saída de outras carregadas de ovos e galinhas, para efeitos de comerciali­zação, na capital do país e noutras províncias.

“Foram meses de muitas dificuldad­es, porque não conseguimo­s sair do Panguila para Luanda, e vice-versa. A distribuiç­ão estava comprometi­da e, desta forma, era impossível agradar os nossos clientes”, sublinhou. A TAP Air Portugal era a única companhiaq­uefaziaotr­ansportede­bandos (galinhas e pintos) da Europa para Angola, porque "a TAAG não transporta animais vivos. Em Abril de 2020, fomos obrigados a abater 32 mil pintos, porque as ligações aéreas estavam suspensas”.

Pedro de Almeida explicou que os pintos importados só começam a produzir ovos depois de 20 semanas de vida. “Isso quer dizer que, em termos de planeament­o, só começam a produzir nos moldes reduzidos. Quando a importação ocorre com atrasos, acontecem falhas graves na produção, porque os pintos devem começar a ter rentabilid­ade a partir de seis a sete meses de vida”, esclareceu.

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