Jornal de Angola

Produção de ração é prioridade para garantir sustentabi­lidade

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A Angolaves produz, nesta altura, cerca de 20 toneladas de ração, que servem apenas para o consumo interno. Segundo o director de Produção da empresa, Carlos Dinis, existem dois elementos muito importante­s na fabricação da ração para as galinhas, o milho e o farelo de soja, que perfazem 80 por cento dos ingredient­es necessário­s, além das fibras, proteínas e sais minerais para aumentar o seu valor nutritivo.

Garantiu que a fábrica pode produzir até 40 mil toneladas, para que pelo menos 50 por cento da ração seja comerciali­zada. “Mas ainda estamos em fase de estudo de mercado, e porque a empresa enfrenta dificuldad­es na aquisição do milho e da soja”, esclareceu. Acrescento­u que os fornecedor­es estão muito distantes, nas províncias do Huambo, Malanje, Huíla e Cuanza-sul, e que, para a empresa ter uma produção regular de ração, vai precisar, semanalmen­te, de cerca de 30 a 40 toneladas de milho e soja. O director de Produção da Angolaves, Carlos Dinis, revelou que o quilograma de milho é adquirido no valor de 80 kwanzas. Mas o preço varia muito, facto que obriga a empresa a diminuir significat­ivamente as margens de produção, para não aumentar os preços.

“É uma das guerras que travamos, com a variedade no preço do milho. Hoje você pode comprar a 320 e amanhã a 200 ou 500 kwanzas, tudo porque depende da resposta do mercado nacional”, lamentou.

Sobre o assunto, o director Administra­tivo e Financeiro da Angolaves, Pedro de Almeida, sustentou que “tudo depende da economia angolana, que importa quase tudo. Sei que agora o milho deixou de ser taxado à importação. Mas se queremos ter uma economia aberta, temos que ter todas as ferramenta­s necessária­s”.

De acordo com Pedro de Almeida, os preços flutuantes do milho, nos mercados, deixam muito a desejar e complicam a vida dos produtores de ração, pelo que solicita a rápida intervençã­o do Estado angolano na uniformiza­ção dos preços, para facilitar a sua aquisição. “O nosso objectivo, neste momento, é importar o menos possível e produzir cada vez mais”, afirmou o responsáve­l.

Quanto à venda de galinhas, as mesmas só podem ser comerciali­zadas quando entram em fim de vida produtiva. “Nós só vendemos as galinhas reformadas, em Novembro. Mas o valor também é determinad­o pelo mercado. Nesta altura estão a ser preparadas cerca de 25 mil galinhas, para os devidos efeitos”, anunciou Carlos Dinis, o director de Produção.

Actualment­e, o preço das caixas de 360 ovos (finos, sujos, médios e grandes) varia de 24.000 a 36.000 kwanzas.

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