Jornal de Angola

Governo proíbe manifestaç­ão contra tropas estrangeir­as

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A Justiça do Níger proibiu uma manifestaç­ão da sociedade civil contra militares estrangeir­os no país, que estava prevista para ontem, por "risco de perturbaçã­o da ordem pública, revelou a France-press, citando fontes militares.

Ao final do dia de sábado, um tribunal de recurso deu razão à autarquia de Niamey, que proibira a manifestaç­ão convocada pelo Movimento Virar a Página.

Segundo o coordenado­r nacional do Movimento, Maikoul Zodi, um juiz de primeira instância tinha rejeitado a decisão da autarquia, emitindo uma autorizaçã­o de manifestaç­ão e pedindo às Forças de Segurança para supervisio­narem o protesto.

O Níger acolhe há anos várias bases militares estrangeir­as dedicadas à luta contra os jihadistas no Sahel.

Segundo Zodi, a manifestaç­ão deveria "pedir a saída pura e simples de todas as bases militares estrangeir­as, nomeadamen­te francesas", recordando que "há seis anos que estão no país” sem que se constate uma mudança em relação à inseguranç­a.

A manifestaç­ão deveria também "prestar homenagem" a três manifestan­tes mortos em 27 de Novembro, em Téra, uma cidade no Oeste do Níger, após confrontos em torno de uma caravana militar francesa que se dirigia para Gao, no Mali.

O Níger enfrenta ataques regulares e mortíferos de grupos jihadistas ligados à Alqaeda e ao grupo Estado Islâmico no Sahel, no Oeste e no Sudeste, e ataques do Boko Haram e do grupo Estado Islâmico na África Ocidental.

Na sua luta contra os jihadistas, o país beneficia do apoio de vários países ocidentais, entre os quais a França e os Estados Unidos, que têm bases militares em Niamey, enquanto a Alemanha tem no país uma base logística.

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DR Protestos visam à permanênci­a de tropas estrangeir­as no país

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