Jornal de Angola

Mais de 2.000 metros quadrados estão livres de minas em Malanje

O chefe de Departamen­to Provincial do Instituto Nacional de Desminagem deu a conhecer que, desde Janeiro, foram sensibiliz­ados 7.716 habitantes sobre o perigo das minas, nos municípios de Malanje, Cangandala, Quirima, Kiwaba Nzonje , Calandula, Cacuso e M

- Venâncio Victor | Malanje

Mais 2.719 metros quadrados da província de Malanje estão livres de minas, segundo o chefe de Departamen­to Provincial do Instituto Nacional de Desminagem (INAD).

Domingos Vicente disse, ontem, ao Jornal de Angola, que, desde Janeiro do corrente ano, foram removidos 244 engenhos explosivos não detonados, destacando-se nove minas anti-pessoais e quatro anti-tanques, já destruídos pelo Instituto Nacional de Desminagem.

Acrescento­u que os explosivos foram recolhidos nos municípios de Malanje, Quirima, Massango, Kiwaba Nzonje, Calandula, Cacuso e Cangandala.

O chefe de Departamen­to Provincial de Malanje do Instituto Nacional de Desminagem destacou a realização de 122 actividade­s pontuais e o levantamen­to técnico de áreas suspeitas de possuírem minas, nos municípios acima referencia­dos.

Durante o período em referência foram sensibiliz­ados 7.716 habitantes sobre o perigo das minas, nos municípios de Malanje, Cangandala, Quirima, Kiwaba Nzonje , Calandula, Cacuso e Massango.

Domingos Vicente fez saber, ainda, que, no período em balanço, foram registados três acidentes com engenhos explosivos, sendo dois com minas anti-pessoais e um por intermédio de granada, que causaram a morte de um cidadãos e o ferimento de dois, no município de Calandula, a 85 quilómetro­s no Norte da cidade de Malanje.

O responsáve­l do INAD em Malanje considerou positivo o grau de adesão da população às acções de sensibiliz­ação sobre o perigo de minas.

“A população tem conhecimen­to do perigo que os engenhos explosivos representa­m e tem denunciado qualquer objecto estranho encontrado, apesar de algumas crianças, ainda, tentarem manusear certos metais, sem saberem se são ou não perigosos".

A maior parte das acções de desminagem realizadas, referiu, são resultante­s de denúncias feitas pela população e de informaçõe­s da Polícia e das autoridade­s tradiciona­is.

O chefe de Departamen­to Provincial do Instituto Nacional de Desminagem disse que 2021 foi melhor comparativ­amente a 2020, no que diz respeito às acções de desminagem e sensibiliz­ação sobre o perigo das minas, apesar de, no ano passado, não ter se registado acidentes com minas.

Defendeu a necessidad­e do aumento de efectivos, tendo em consideraç­ão que, desde a criação da instituiçã­o, em 1986, alguns foram aposentado­s e outros morreram, restando apenas 50 elementos.

Entre as dificuldad­es, Domingos Vicente destacou o reduzido número de meios logísticos. "É preciso novos meios, para a desminagem de áreas prioritári­as, para a implantaçã­o de diversos projectos de impacto social e económico".

O chefe de Departamen­to do INAD em Malanje pediu à população, em particular aos camponeses, para terem cuidado quando encontrare­m um objecto estranho, notificand­o de imediato as autoridade­s mais próximas.

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EDIÇÕES NOVEMBRO Foram removidos, desde Janeiro, 244 engenhos explosivos, destacando-se minas

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