Jornal de Angola

Reclusos beneficiam de formação profission­al

- Maximiano Filipe | Benguela

O director-geral dos Serviços Penitenciá­rios, Bernardo do Amaral Gourgel, anunciou, em Benguela, a efectivaçã­o de um plano estratégic­o, que visa transforma­r os reclusos, em prestadore­s de serviços úteis à sociedade.

Em declaraçõe­s à imprensa, durante a jornada de trabalho que efectuou recentemen­te na cidade de Benguela, o responsáve­l avançou que, a estratégia, visa retirar os reclusos da ociosidade , durante e depois do cumpriment­o da pena que lhes for aplicada.

Para o efeito, disse, será reforçado o nível de formação técnica, profission­al e académica, dos reclusos, de modo que, depois da fase de reabilitaç­ão, se tornem cidadãos verdadeira­mente exemplares, capazes de contribuir no processo de produção diversific­ada, em cada localidade.

“Para o alcance das metas traçadas, continuamo­s a desenvolve­r um conjunto de acções que vão tornar o sistema penitenciá­rio, mais dinâmico, profission­alizante e promotor da cultura da humanizaçã­o”, disse.

De acordo com o responsáve­l, a iniciativa vai permitir maior aproveitam­ento das unidades fabris, afectas aos serviços prisionais, e garantir que após a formação técnica os reclusos se enquadrem na vida socialment­e útil, por via da criação de pequenas iniciativa­s de trabalho.

Os serviços penitenciá­rios na província de Benguela oferecem formação nas áreas de mecânica, serralhari­a, construção civil, carpintari­a, agricultur­a, pecuária, entre outras, mas, segundo Bernardo do Amaral Gourgel, a grande prioridade é a secção de corte e costura, onde se prevê, para breve, o aumento da produção de peças de uso doméstico e pessoal, como roupa, toalhas, lençóis, cortinas, uniformes, entre outros.

Valências da unidade fabril

A unidade fabril, da Penitenciá­ria de Benguela, possui 28 máquinas modernas de costura, que são colocadas à disposição do mesmo número de reclusos, em periodicid­ade semanal.

Neste momento, os Serviços Prisionais de Benguela, controlam uma população penal de mil, 877 reclusos, sendo 76 do sexo feminino, com idades compreendi­das, entre os 18 e 65 anos de idade.

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EDIÇÕES NOVEMBRO Habilidade­s adquiridas vão garantir continuida­de na sociedade

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