Jornal de Angola

Lituânia incentiva repatriame­ntos

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A Lituânia prometeu, ontem, que vai oferecer mais assistênci­a financeira aos migrantes, para persuadi-los a voltar para casa, numa altura em que este país báltico, membro da União Europeia (UE), tem milhares de repatriame­ntos em curso.

Cada migrante que optar voluntaria­mente pelo regresso ao seu país de origem receberá, da parte do Estado, 1.000 euros, em vez dos 300 prometidos até agora, bem como uma passagem de avião de regresso.

“Depois de rejeitar a maioria dos pedidos de asilo, precisamos de soluções para enviar os migrantes de volta ao seu país de origem”, disse a ministra do Interior da Lituânia, Agne Bilotaite.

O dinheiro para os migrantes provém de fundos fornecidos pela Comissão Europeia para ajudar a Lituânia a enfrentar a crise migratória nas suas fronteiras.

Desde o Verão, milhares de migrantes, principalm­ente oriundos do Médio Oriente, tentaram passar da Bielorrúss­ia

para a União Europeia, através da Letónia, Lituânia ou Polónia.

O Ocidente acusa a Bielorrúss­ia de ter provocado artificial­mente esta crise, ao atrair migrantes para a fronteira europeia com a emissão de vistos e com a promessa de passagem fácil, como forma de retaliação às sanções da UE - uma acusação rejeitada por Minsk.

Até agora, a Lituânia concedeu o estatuto de refugiado a apenas 54 dos 3.272 migrantes que o solicitara­m.

As autoridade­s lituanas dizem que a deportação é um processo longo e caro, e nem sempre bem-sucedido, já que os países de origem podem recusar-se a aceitar migrantes.

Além dos milhares de pessoas que conseguira­m cruzar a fronteira ilegalment­e, as autoridade­s lituanas disseram ter recusado a entrada de quase 8.900 outros migrantes, num procedimen­to polémico que tem sido contestado como ilegal por organizaçõ­es internacio­nais.

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DR Migrantes do Médio Oriente são travados na Lituânia

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