Jornal de Angola

Reino Unido anuncia medidas para conter Ómicron

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O Governo britânico anunciou, ontem, medidas extraordin­árias para combater a propagação da variante Ómicron, como a extensão da terceira dose da vacina contra a Covid-19 a maiores de 30 anos, a partir de hoje, segunda-feira.

A partir de terça-feira, os casos de contacto com vacinação completa com pessoas que tiveram resultado positivo à Covid-19 vão passar a fazer testes antigénios diários, durante sete dias, ao passo que haverá isolamento profilátic­o durante dez dias para os que não estão vacinados, anunciou o Ministério da Saúde.

"A variante Ómicron está a ganhar terreno rapidament­e no Reino Unido e deve tornar-se na variante dominante até meados de Dezembro", disse o ministro da Saúde, Sajid Javid, citado em comunicado, explicando que a nova medida visa "limitar o impacto na vida diária das pessoas para reduzir a propagação da Ómicron".

O governante apelou à população para se vacinar ou, nos casos de vacinação completa, tomar a dose de reforço.

O Governo pretende oferecer uma terceira dose da vacina a todos os maiores de 18 anos na Inglaterra, até o final de Janeiro, e anunciou que, a partir de hoje, cidadãos maiores de 30 anos poderão marcar hora para receber a terceira dose da vacina.

Estas medidas juntamse às já anunciadas pelo Primeiro-ministro, Boris Johnson: o uso de máscara em espaços fechados, a apresentaç­ão de certificad­os digitais de vacinação à entrada de espaços de animação nocturna e o teletrabal­ho quando for possível. As medidas vão ser votadas, amanhã, pelo Parlamento.

O Reino Unido é dos países mais afectados pela Covid-19, com mais de 146.000 mortes e cerca de 50.000 novas infecções registadas todos os dias.

No sábado, cientistas da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres defenderam o reforço das restrições para conter a variante Ómicron e divulgaram os resultados de um estudo, que prevê que a nova variante poderá provocar entre 25.000 e 75.000 mortes nos próximos cinco meses no Reino Unido, se não se adoptarem restrições mais severas.

O estudo aponta para uma nova onda de contágios, com mais infecções e hospitaliz­ações do que aquelas que foram registadas em Janeiro deste ano, aquando do aparecimen­to da variante Delta, e sugere que a variante Ómicron pode tornar-se na mais dominante em Inglaterra em alguns dias.

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