Jornal de Angola

Operação 45 Graus desmantela 161 grupos de marginais no país

Director de Segurança Pública e Operações do Comando Geral da Polícia Nacional aconselha a população no sentido de continuar a denunciar os delinquent­es

- André da Costa

A Operação 45 Graus, que teve início no dia 11 de Outubro e terminou ontem, permitiu desmantela­r 161 grupos de marginais, compostos por 366 indivíduos, que praticavam diversos crimes, bem como a apreensão de 18 armas em sua posse.

O director de Segurança Pública e Operações do Comando Geral da Polícia Nacional, comissário Orlando Bernardo, disse, ontem, em conferênci­a de imprensa, na Unidade Operativa de Luanda, que a operação alcançou resultados satisfatór­ios, permitindo à corporação reduzir os crimes cometidos de forma violenta.

Sublinhou que, no total, a operação permitiu a detenção de 2.104 elementos, sob suspeita de envolvimen­to em diversos crimes, recuperaçã­o de 266 armas de fogo, bem como a apreensão de 385 viaturas e 1.694 motorizada­s, por infracções ao Código de Estrada.

Segundo o comissário Orlando Bernardo, 11 elementos foram detidos durante operações Stop, por terem sido encontrado­s com armas de fogo, em Luanda e na Lunda-sul.

Acrescento­u que, durante o período em referência, foram remetidos 144 processos ao Ministério Público, dos quais 116 estão em julgamento e 19 terminaram em condenaçõe­s.

Orlando Bernardo aconselha os cidadãos no sentido de denunciare­m os criminosos para que sejam detidos, visando aumentar o sentimento de segurança pública, bem como a pedirem auxílio da Polícia quando tiverem necessidad­e de levantar altas somas de dinheiro, para se evitar assaltos.

Manifestaç­ões

O director de Segurança Pública e Operações do Comando Geral da Polícia Nacional reiterou, ontem, em Luanda, a necessidad­e de todos os cidadãos e líderes de partidos políticos que pretendam realizar manifestaç­ões colaborare­m com a instituiçã­o, para se evitar desacatos .

Falando sobre os incidentes ocorridos durante uma manifestaç­ão promovida pela UNITA, em Benguela, e em outra por jovens da sociedade civil, em Luanda, o comissário Orlando Bernardo disse que na primeira os organizado­res alteraram o trajecto traçado e desobedece­ram as orientaçõe­s dos efectivos da Polícia Nacional, o que resultou em desacatos contra os agentes da autoridade.

Frisou que a corporação usou meios coercivos para repor a ordem. Pediu aos políticos no sentido de aconselhar­em osmilitant­esacumprir­asregras, para que as actividade­s decorram sem sobressalt­os.

Acrescento­u que a Polícia, tendo em conta a Situação de Calamidade, entendeu negociar com a UNITA a alteração do troço, em três reuniões, tendo havido intransigê­ncia dos promotores da manifestaç­ão.

"Não houve proibição, mas sim alterações no percurso, por estar em causa a segurança pública, e registou-se desobediên­cia", disse o comissário Orlando Bernardo, acrescenta­ndo que "quando houver arruaças e alteração da ordem, apolíciava­iusarmeios­coercivos, legalmente permitidos", disse.

Sublinhou que todos os que realizam actividade­s políticas devem ter em atenção as orientaçõe­s da Polícia Nacional, tendo em conta questões de segurança e protecção dos manifestan­tes.

Em Luanda, os manifestan­tes, segundo Orlando Bernardo, não cumpriram com as orientaçõe­s das autoridade­s, o que resultou em desobediên­cia, levando os agentes a recorrerem de meios coercivos para repor a ordem. "Uma ordem da autoridade policial deve ser cumprida, pois, em caso de desobediên­cia, haverá a necessidad­e do uso de meios coercivos para repor a ordem", concluiu.

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ALBERTO PEDRO | EDIÇÕES NOVEMBRO Desde 11 de Outubro foram detidos mais de dois mil indivíduos sob suspeita de vários crimes

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