Operação 45 Graus desmantela 161 grupos de marginais no país
Director de Segurança Pública e Operações do Comando Geral da Polícia Nacional aconselha a população no sentido de continuar a denunciar os delinquentes
A Operação 45 Graus, que teve início no dia 11 de Outubro e terminou ontem, permitiu desmantelar 161 grupos de marginais, compostos por 366 indivíduos, que praticavam diversos crimes, bem como a apreensão de 18 armas em sua posse.
O director de Segurança Pública e Operações do Comando Geral da Polícia Nacional, comissário Orlando Bernardo, disse, ontem, em conferência de imprensa, na Unidade Operativa de Luanda, que a operação alcançou resultados satisfatórios, permitindo à corporação reduzir os crimes cometidos de forma violenta.
Sublinhou que, no total, a operação permitiu a detenção de 2.104 elementos, sob suspeita de envolvimento em diversos crimes, recuperação de 266 armas de fogo, bem como a apreensão de 385 viaturas e 1.694 motorizadas, por infracções ao Código de Estrada.
Segundo o comissário Orlando Bernardo, 11 elementos foram detidos durante operações Stop, por terem sido encontrados com armas de fogo, em Luanda e na Lunda-sul.
Acrescentou que, durante o período em referência, foram remetidos 144 processos ao Ministério Público, dos quais 116 estão em julgamento e 19 terminaram em condenações.
Orlando Bernardo aconselha os cidadãos no sentido de denunciarem os criminosos para que sejam detidos, visando aumentar o sentimento de segurança pública, bem como a pedirem auxílio da Polícia quando tiverem necessidade de levantar altas somas de dinheiro, para se evitar assaltos.
Manifestações
O director de Segurança Pública e Operações do Comando Geral da Polícia Nacional reiterou, ontem, em Luanda, a necessidade de todos os cidadãos e líderes de partidos políticos que pretendam realizar manifestações colaborarem com a instituição, para se evitar desacatos .
Falando sobre os incidentes ocorridos durante uma manifestação promovida pela UNITA, em Benguela, e em outra por jovens da sociedade civil, em Luanda, o comissário Orlando Bernardo disse que na primeira os organizadores alteraram o trajecto traçado e desobedeceram as orientações dos efectivos da Polícia Nacional, o que resultou em desacatos contra os agentes da autoridade.
Frisou que a corporação usou meios coercivos para repor a ordem. Pediu aos políticos no sentido de aconselharem osmilitantesacumprirasregras, para que as actividades decorram sem sobressaltos.
Acrescentou que a Polícia, tendo em conta a Situação de Calamidade, entendeu negociar com a UNITA a alteração do troço, em três reuniões, tendo havido intransigência dos promotores da manifestação.
"Não houve proibição, mas sim alterações no percurso, por estar em causa a segurança pública, e registou-se desobediência", disse o comissário Orlando Bernardo, acrescentando que "quando houver arruaças e alteração da ordem, apolíciavaiusarmeioscoercivos, legalmente permitidos", disse.
Sublinhou que todos os que realizam actividades políticas devem ter em atenção as orientações da Polícia Nacional, tendo em conta questões de segurança e protecção dos manifestantes.
Em Luanda, os manifestantes, segundo Orlando Bernardo, não cumpriram com as orientações das autoridades, o que resultou em desobediência, levando os agentes a recorrerem de meios coercivos para repor a ordem. "Uma ordem da autoridade policial deve ser cumprida, pois, em caso de desobediência, haverá a necessidade do uso de meios coercivos para repor a ordem", concluiu.