Defendida inclusão escolar de crianças com necessidades educativas especiais
Os participantes ao X Congresso Internacional do Ensino Particular, realizado, ontem, em Luanda, defenderam a necessidade de se prestar maior atenção à inclusão escolar de crianças portadoras de deficiência.
Segundo o presidente da
Associação Nacional do Ensino Privado (ANEP), António Pacavira, o ensino privado recebe muitos alunos com patologias como dislexia, Sindrome de Down, autistas e outras síndromes, devendo, por isso, reforçar as condições para a inclusão de crianças com necessidades educativas especiais.
Acrescentou que, durante o congresso, houve troca de experiências com especialistas cubanos, brasileiros e portugueses, para que se ultrapassem os problemas reinantes no ensino privado em Angola.
António Pacavira disse que tem sido uma grande responsabilidade do ensino privado
satisfazer os anseios dos encarregados de educação, que depositam esperança diária no progresso dos seus filhos. À margem do congresso realizou-se uma acção formativa direccionada a professores que lidam com alunos com necessidades educativas especiais.
O presidente da ANEP disse que, ainda, não há dados conclusivos de alunos no ensino especial, mas estimase que sejam cerca de dois milhões. Entre as dificuldades, apontou a falta de terapeutas para a fala, referindo que os poucos que existem estão em Luanda.
Deu a conhecer que a ANEP conta, apenas, com 70 professores preparados para trabalhar com alunos com necessidades especiais. "Com o processo de formação, pretendemos, em dois anos, ter 150 técnicos".