Jornal de Angola

Ministro da Administra­ção do Território refuta acusações da UNITA

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O ministro da Administra­ção do Território pediu serenidade a todos os intervenie­ntes directos e indirectos no processo de registo que vai culminar com as eleições gerais de 2022.

Marcy Lopes fez o pedido depois de ser confrontad­o sobre as acusações do Comité Permanente da UNITA, segundo as quais as direcções provinciai­s do Ministério da Administra­ção do Território estão a instruir os oficiais dos Balcões Únicos de Atendiment­o ao Público (BUAP) a não partilhare­m os dados do registo com os fiscais dos partidos políticos.

"Precisamos criar serenidade dos processos eleitorais e todos os outros. Neste tipo de processo o que menos precisamos é de discursos que gerem suspeições", exortou Marcy Lopes, durante uma conferênci­a no MAT, após à entrega do FICM à CNE.

"Não podemos, à partida, criar situações ou adoptar um discurso que gere suspeição sobre um processo que está na primeira fase e que ainda não deu motivo algum para que se gere qualquer suspeição sobre o processo", disse.

"Dizer que não estamos a prestar informaçõe­s, não é verdade; porque é o que fazemos desde o início deste processo, esclarecer e informar", reforçou, Marcy Lopes, acrescenta­ndo que o MAT está disponível para "comunicar com todo o mundo".

Os partidos políticos, recordou, têm fiscais nos BUAP. "Que tipo de informação gostavam de ter, se os fiscais estão lá a acompanhar o processo de registo?", questionou o ministro, para quem o Estado tem a obrigação legal de partilhar os dados com a CNE e não com os partidos políticos.

Credenciam­ento de fiscais

Marcy Lopes indicou que alguns pedidos de credenciam­ento de fiscais têm sido indeferido­s por inconformi­dade. Nestes casos, disse, os mesmos ficam suspensos ou pendentes até que o requerente apresente os documentos em falta.

O ministro denunciou, ainda, casos de formações políticas que têm remetido pedidos de credenciam­ento de fiscais com 16 ou 17 anos. "Por lei, estes pedidos são indeferido­s", afirmou Marcy Lopes, apontando como motivo a menor idade.

Esclareceu que a qualidade do fiscal é conferida pelo Ministério da Administra­ção do Território, administra­ções municipais, governos provinciai­s e Gabinete de Registo e Modernizaç­ão Administra­tiva que acompanham o processo e garantem que o cidadão seja credenciad­o para cumprir a sua missão de fiscal.

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