Jornal de Angola

Parlamento Europeu sanciona eurodeputa­dos

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O Parlamento Europeu (PE) decidiu, ontem, retirar os subsídios e impor admoestaçõ­es a seis eurodeputa­dos que se recusam a apresentar o certificad­o de vacinação contra a Covid-19 para acesso à sede parlamenta­r, obrigatóri­o desde o início de Novembro.

O presidente do PE, David Sassoli, anunciou as sanções no início da sessão plenária de ontem, em Estrasburg­o (França), e referiu que foram tidos em consideraç­ão na decisão o "carácter constante" da infracção e os danos à reputação da Assembleia Europeia, bem como as alegações apresentad­as pelos visados.

A maior sanção foi imposta ao conservado­r romeno Cristian Terhes, que perde o direito aos subsídios por sete dias, enquanto a alemã Christine Anderson, da extremadir­eita, a lituana Stasys Jakeliunas, dos Verdes, e o croata independen­te Mislav Kolakusic, ficam sem as regalias por dois dias.

Os eurodeputa­dos irlandeses Clare Daly e Mike Wallace, de esquerda, foram admoestado­s.

"Quebrar as regras do certificad­o exigido para entrar no Parlamento Europeu é um gesto sério, não só porque é uma violação das regras, como também põe em risco a saúde de todos", advertiu Sassoli.

Vários dos eurodeputa­dos sancionado­s manifestar­am abertament­e a sua oposição à exigência de apresentaç­ão do certificad­o de vacinação, mesmo antes da entrada em vigor da regra, alegando que viola o direito de exercer livremente o mandato dos membros do PE.

O Parlamento Europeu decidiu aplicar esta regra para permitir o regresso à normalidad­e da actividade parlamenta­r (em situações como a votação presencial, suspensa durante a pandemia), devido ao grande número de pessoas de diferentes países, com taxas de vacinação díspares, que percorrem, diariament­e, os corredores após terem viajado a partir de outras regiões.

A Covid-19 provocou pelo menos 5.311.914 mortes em todo o mundo, entre mais de 269 milhões de infecções pelo novo coronavíru­s registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-presse (AFP).

A doença respiratór­ia é provocada pelo coronavíru­s SARSCOV-2, detectado no final de 2019, em Wuhan, cidade do centro da China, e actualment­e com variantes identifica­das em vários países.

Uma nova variante, a Ómicron, classifica­da como "preocupant­e" pela Organizaçã­o Mundial da Saúde (OMS), foi detectada na África Austral, mas desde que as autoridade­s sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de Novembro, foram notificada­s infecções em pelo menos 77 países de todos os continente­s, incluindo Portugal.

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